As previsões agrícolas, em 31 de dezembro, do Instituto Nacional de Estatística (INE) apontam para uma redução de 25% na produção de azeitona face à campanha anterior, ainda que a precipitação dos últimos meses tenha compensado parte da quebra na carga de frutos (resultante dos fracos vingamentos).
A colheita da azeitona continuou a decorrer ao longo de dezembro, nem sempre com um fluxo contínuo de entrega de matéria prima nos lagares, devido à precipitação ocorrida.
Na maior parte das principais regiões produtoras, e apesar de índices de floração bastante satisfatórios, o vingamento não correspondeu às expectativas, e a carga de frutos inicial foi inferior à da campanha anterior.
A precipitação de outubro e novembro, próxima do final do ciclo produtivo dos olivais, ainda possibilitou uma recuperação em muitos olivais tradicionais de sequeiro, em particular no interior Norte, com o aumento do calibre da azeitona, mas, globalmente, estima-se uma redução de 25% da quantidade de azeitona produzida.
De salientar que, apesar do rendimento em azeite (funda) ser, na generalidade, menor que o alcançado no ano anterior, a qualidade do produto final situa-se dentro dos parâmetros normais (química e organoleticamente).
Nos cereais de inverno, as sementeiras registaram alguns atrasos em consequência do alagamento dos solos, mas não se esperam diminuições significativas nas áreas instaladas.
No trigo mole, triticale, centeio e aveia, a área semeada deverá ser semelhante à da campanha anterior, prevendo-se que no trigo duro ocorra uma redução de 5%, indica o documento.
Em dezembro de 2020, as variações mais significativas, em módulo, no índice de preços de produtos agrícolas no produtor foram observadas na batata (+37,9%), frutos (+18,6%), azeite a granel (+18,2%), suínos (-24,4%), ovos (-16,8%) e hortícolas frescos (-14,7%).
Em comparação com o mês anterior, as variações de maior amplitude verificaram-se na batata (+16,1%) e plantas e flores (+6,9%). Em setembro de 2020, o índice de preços de bens e serviços de consumo corrente (INPUT I) não registou qualquer variação enquanto que o índice de preços de bens e serviços de investimento (INPUT II) aumentou 1,6%.
Relativamente ao mês anterior assistiu-se a um decréscimo de 0,2% no índice de preços de bens e serviços de consumo corrente, enquanto que no índice de preços de bens e serviços de investimento não houve alteração.
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