II CONFERÊNCIA TÉCNICA DO OLIVAL 11 e da Direção Regional de Agricultura do Alentejo, Roberto Grilo destacou a importância estratégica do olival e o papel central do Alentejo, defendendo que “Portugal é hoje um dos maiores produtores mundiais de azeite. E o Alentejo afirma-se como o seu principal motor.” Apesar das “grandes exigências” que decorrem desse crescimento (otimizar recursos, manter a produtividade, proteger os solos e usar a água com inteligência), na opinião do responsável “o olival moderno português está a responder com inovação, tecnologia e sustentabilidade”. E prova disso é que “hoje temos explorações com sistemas de rega altamente eficientes, monitorização em tempo real, modelos de gestão baseados em dados e um setor cada vez mais profissional”. Roberto Grilo concluiu a sua intervenção apontando os três eixos de ação do Ministério da Agricultura para a gestão da água no setor - investir na eficiência hídrica; desenvolver conhecimento técnico e científico; e valorizar o olival em mercados exigentes -, reafirmando o compromisso com o setor olivícola. A uma plateia de muitas dezenas de agricultores, engenheiros agrónomos, investigadores, técnicos, decisores e responsáveis de instituições do setor deixou uma mensagem de José Manuel Fernandes: “o Ministério está atento, presente e disponível. Queremos que o olival português seja exemplo de como é possível conjugar produtividade com responsabilidade, valor económico com equilíbrio ambiental”. “A SUSTENTABILIDADE NO OLIVAL NÃO É UMA OPÇÃO, É UMA EXIGÊNCIA. E A GESTÃO EFICIENTE DA ÁGUA ESTÁ NO CENTRO DESSA EQUAÇÃO” Enaltecendo “todos os profissionais que contribuem diariamente para o desenvolvimento sustentável da olivicultura em Portugal”, Susana Sasseti, diretora executiva da Olivum – Associação de Olivicultores e Lagares de Portugal, sublinhou que a iniciativa ‘Água que Une’ é “uma estratégia que nos desafia a cooperar, a inovar e a usar os recursos hídricos com inteligência e visão de longo prazo”. E, nesse contexto, “o futuro do olival constrói-se com base no conhecimento, na ciência, na tecnologia. Mas também na coragem de repensar modelos, na capacidade de nos adaptarmos e na vontade de colaborar”. Algo para que a Olivum se orgulha de contribuir, neste caso, enquanto parceira ativa desta conferência promotora de “novas ideias, novas soluções e, acima de tudo, novas alianças para um futuro mais sustentável”. “A CHAVE ESTÁ NO CONHECIMENTO PARTILHADO, NA COLABORAÇÃO ENTRE AGENTES E NA VALORIZAÇÃO DA INVESTIGAÇÃO E DA TECNOLOGIA AO SERVIÇO DO CAMPO" “É muito bom ver esta sala cheia” perante “questões que não podem ser ignoradas: a gestão eficiente da água, a exigência da sustentabilidade ambiental e social, a necessidade de modernização e o uso de tecnologia de precisão e, claro, o compromisso com a qualidade e a valorização do azeite português, com destaque para o azeite do Alentejo”, afirmou, também na sessão de abertura, Filipa Velez, diretora executiva do CEPAAL – Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo. Defendendo “o desenvolvimento de uma estratégia de promoção concertada” e “pensamento estratégico em torno do futuro do olival português” para fazer face aos desafios atuais, Filipa Velez defendeu o papel de cada um e a colaboração de todos “à volta de temas fundamentais para garantir que o setor não só resiste, mas evolui e lidera” - como os debatidos na conferência da Agriterra a que o CEPAAL se associou, mais uma vez, como parceiro estratégico. “A FALTA DE CAPACIDADE DE RETENÇÃO E ARMAZENAMENTO NO MOMENTO CERTO É O VERDADEIRO DESAFIO” O ‘Impacto da Estratégia Nacional ‘Água que Une’ na produção de Olival’ foi mote para a intervenção do key- -note speaker do evento, José Pedro Salema. O CEO da EDIA fez uma análise profunda sobre o desafio hídrico em Portugal, destacando a importância de uma gestão estratégica da água para o setor agrícola, com foco no olival e nos regadios. Apresentando dados que anunciam, à primeira vista, uma aparente abundância de água no país - “Portugal tem disponível cerca de 50 mil milhões
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