BA2 - Agriterra

75 COM A EMPRESA... ADVICE.AGRIBUSINESS então a cebola temde ser cultivada de forma similar à produção de cenoura, beterraba ou nabo”. Esta é a condição para o sucesso na produção de cebola de DL, porque a produtividade pode crescer muito face à média em Portugal (35 t/ha). O QUE TEM DE SER POSTO EM PRÁTICA PARA SE PRODUZIR CEBOLA DE FORMA ECONOMICAMENTE VIÁVEL? Algumas sugestões: • Pesquisa de mercado para iden- tificar parcerias comerciais para o escoamento da produção; • Planeamento sobre a possível inte- gração da cebola na rotação de culturas praticada na exploração; • Aquisição de conhecimento sobre a cultura da cebola: em termos de solos (textura, pH, salinidade, plano fertilização, etc.), exigências em rega, principais inimigos (pragas e doenças), etc.; • Identif icação de parcelas com aptidão para o cultivo da cebola e dar especial atenção às principais infestantes que competirão com a cultura nos seus primeiros estádios de desenvolvimento, até cerca de 40 a 50 dias após a sementeira, em que as plantas de cebola têm um desenvolvimento lento, até termi- narem a “fase de gancho” em que o cotilédone aparece curvado à superfície do solo e entrarem na fase de 3-4 folhas verdadeiras; • Definir a estratégia de luta para os diferentes inimigos da cultura, incluindo as infestantes, em que segundo a situação, poderá ter de optar por falsas sementeiras, monda térmica, desinfeção do solo e recorrer aos herbicidas autorizados (consultar em Sifito - DGAV). O controlo quí- mico de infestantes é de facto, uma das operações mais críticas, porque exige uma boa oportunidade para realizar a intervenção nas melho- res condições (por exemplo, o solo deve ter a humidade adequada), utilizar minidoses de alguns herbi- cidas em pré e em pós-emergência, com aplicação de doses crescentes semanalmente, observando-se quais as infestantes presentes; • Escolha de variedades com boas características em termos de: ciclo, vigor, forma e consistência do bolbo, formação de várias túnicas a proteger o bolbo e que permitam a colheita mecânica sem se descascarem, tole- rância a stress hídrico ou térmico que favorecem os bolbos múltiplos, resistência a doenças (ex., Fusarium, raiz rosada, etc.) e a pragas (ex., tri- pes), aptidão para armazenagemem palotes ou a granel em pilha, com boa aceitação no mercado (fresco ou indústria). Com a decisão de avançar para o cultivo, lembre-se sempre que é necessário um acompanhamento e monitorização permanente da cul- tura e muito rigor na realização das operações nas datas adequadas, sem atrasos (sementeira, rega, fertilização, proteção da cultura, etc.). n Elenka F1 armazenada numa pilha com cinco metros de altura. Saiba mais em: www.adv-agri.com BIBLIOGRAFIA • Almeida, D. (2006). Manual de Culturas Hortícolas, vol. I. 1ª ed. Edito- rial Presença. Lisboa. • Eurostat: https://ec.europa.eu/eurostat/databrowser/view/APRO_ CPNH1__custom_538784/default/table?lang=en • GPP: www.gpp.pt/index.php/produtos/produtos • Sifito – DGAV: https://sifito.dgav.pt/divulgacao/usos.

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