BA2 - Agriterra

50 FRUTICULTURA | PODA A maior parte dos pomares são con- duzidos em eixo central revestido todavia, mesmo assim, ainda tem os seus problemas. Por isso, Miguel Leão sublinha que “a poda faz toda a dife- rença, não só para manter a forma da árvore, mas igualmente para garan- tirmos que a árvore tem o número certo e os melhores gomos florais, que proporcionem a melhor localização, iluminação e qualidade aos frutos”. Com a poda, acrescenta o investi- gador, “estamos constantemente a substituir e a estimular a produção de novos ramos, com a produção assim a surgir sempre em órgãos de frutifica- ção novos, commelhor desempenho fisiológico”. “OBTER FRUTOS DE MAIOR CALIBRE" Falando agora de Prunóideas, Maria Paula Simões, professora da Escola Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco, explica que “o pes- segueiro e a cerejeira são ambas do mesmo género e, embora com carate- rísticas distintas, também têmmuitas coisas em comum” A professora conta à Agriterra que “em termos de formas de condução não tem havido grande evolução, tem havido, sim, uma melhor gestão das cultivares e uma renovação dos pomares. A maior parte dos produ- tores todos os anos planta pomares novos na procura de cultivares melho- radas, que produzam frutos de elevada qualidade”. Na comercialização “o calibre é deter- minante, por isso, a poda tem por objetivo, antes de mais, obter frutos de maior calibre. A poda faz, assim, um equilíbrio entre vigor e produção, sem esquecer a luz, a altura e volu- metria da planta de forma a sermos capazes de realizar todas as outras técnicas culturais”. “No caso do pessegueiro, alémda poda de inverno, a poda em verde é fun- damental porque é uma árvore que cresce muito e é preciso uma poda bastante violenta, que gera muita lenha”, adianta. CITRINOS: IDEAL SERIA PODAR DE DOIS EM DOIS ANOS Descemos agora mais para sul, onde Amílcar Duarte, professor da Universidade do Algarve, que tem em curso o projeto PodaCitrus, que decorre até ao final do ano, em parceria com a Frusoal, com ensaios de vários tipos de poda, para analisar os efeitos ao nível da epiderme dos frutos “porque “Estamos constantemente a substituir e a estimular a produção de novos ramos, com a produção assim a surgir sempre em órgãos de frutificação novos, commelhor desempenho fisiológico”, diz Miguel Leão.

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