A ministra da Agricultura diz que Portugal tenciona fechar o acordo final sobre a nova Política Agrícola Comum (PAC) para o período 2023-2027 durante a presidência portuguesa do Conselho da União Europeia (UE).
Na sessão de encerramento do webinar luso-espanhol 'A pecuária extensiva face aos novos desafios da PAC', que decorreu a 5 de novembro, Maria do Céu Antunes referiu que Portugal continua “a trabalhar empenhadamente“para, durante a presidência portuguesa [no primeiro semestre de 2021], ”poder dar sequência aos compromissos que assumiu“no âmbito da nova PAC, ”nomeadamente na relação direta entre o Parlamento, o Conselho da UE e a Comissão Europeia”.
Maria do Céu Antunes disse que a agricultura portuguesa estava numa trajetória de crescimento "impar", mas foi surpreendida pelos efeitos da pandemia de Covid-19, que teve e vai continuar a ter consequências "inevitáveis" no setor.
"Queremos que a agricultura seja uma parte ativa para podermos todos aspirar a um futuro melhor. É por isso que precisamos de acompanhar também os efeitos desta pandemia, porque estávamos numa trajetória de crescimento ímpar e fomos todos surpreendidos pelos efeitos deste vírus [da covid-19] que não conhecíamos e que ainda não conhecemos na totalidade", afirmou.
Portugal e Espanha estão a trabalhar aos níveis técnico e político para discutirem o que estão a propor aos agricultores de cada país “no domínio do próximo plano estratégico da PAC”, diz a ministra.
Neste sentido, a ministra frisou que a PAC também tem como objetivo criar instrumentos que permitam ao setor agrícola "ganhar resiliência". E, atualmente, "precisamos de facto de estimular a resiliência da produção, da transformação, para também podermos continuar a fazer investimentos que se consolidem na autonomia estratégica que esperamos para cada um dos Estados-membros", frisou.
"Cá estamos a fazer o nosso papel, onde o estado se compromete, ao lado dos seus investidores, na definição e na implementação das melhores estratégias para podermos todos pensar que, no meio desta crise que vivemos, que tanto nos assustou e continua a assustar, tem que haver uma luz que nos leva a ter a esperança num futuro onde a agricultura tem um papel importante", realçou, citada pela Lusa..
A governante elogiou os agricultores portugueses na resposta à Covid-19, frisando que “foram ímpares”, porque, “durante todo este período“de pandemia, ”com todos os receios de estarem na linha da frente na produção de alimentos e na distribuição, nada faltou nas nossas mesas, nem em quantidade, nem em qualidade”.
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