As organizações signatárias consideram que não existem setores sustentáveis e setores insustentáveis, mas sim práticas comerciais sustentáveis e outras não sustentáveis.
Para clarificar o debate e torná-lo adequado ao propósito de melhoria contínua e de uma abordagem menos divisionista, os setores agrícola, pecuário e agroalimentar unem-se para dar aos cidadãos a correta informação sobre estas atividades em Portugal, contribuindo, assim, para que possam fazer uma escolha livre, informada e consciente no que respeita às suas opções alimentares.
Relativamente ao Aquecimento Global e à emissão de GEE o Manifesto esclarece que, segundo o Plano Nacional de Energia e Clima 2030 (PNEC 2030), documento do ministério do Ambiente, a agricultura é responsável unicamente por 10% das emissões nacionais de GEE e por isso lhe atribui uma redução de apenas 11% até 2030 face a 2005.
O Manifesto refere igualmente, usando dados da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), que considerados os setores agroflorestal e pecuário, cuja propriedade está concentrada nos mesmos agentes económicos, as emissões são inferiores a 1% e que, segundo o PNEC 2030, a agricultura em Portugal é responsável por apenas 3% do consumo energético nacional.
Além disto, uma análise científica do impacto destas atividades inclui considerar o contributo das pastagens para a diminuição do risco de fogos rurais prestado pela pastorícia e atestado pela Agência para a Gestão Integrada de Fogos Florestais (AGIF) no Plano Nacional de Ação de combate a fogos rurais.
No que respeita à contaminação ambiental, as entidades signatárias referem que, numa década, o país reduziu o uso de fitofármacos em 43%, sendo o Estado-membro da UE que apresenta uma maior redução da utilização destes produtos.
São expostos dados do INE que registam 7,5 mil milhões de euros em exportações, refere-se que em 2020 o agroalimentar foi o único setor que, em plena pandemia, conseguiu aumentar as exportações nacionais em 6,7% e revela-se que os setores signatários criam mais de 314.000 postos de trabalho diretos, ou seja, mais de 6% do emprego do país.
Signatários da iniciativa:
www.agriterra.pt
Agriterra - Informação profissional para a agricultura portuguesa