“A agricultura moderna tem uma utilização mais eficiente da água do que qualquer outro setor”
A FNA21 – que decorre de 9 a 13 de junho, no Centro Nacional de Exposições, em Santarém –, será a primeira grande feira agrícola a decorrer fisicamente, depois do cancelamento da edição de 2020, mantendo o tema da Água. Luís Mira, administrador do CNEMA, faz-nos uma antecipação da Feira Nacional da Agricultura, destacando que “o desafio da Água é fulcral para a agricultura e é um tema que preocupa todos os cidadãos”.
“A utilização da água é um fator determinante na capacidade produtiva de toda a agricultura”.
O tema da FNA20 teria sido a Água e como é um assunto intemporal resolvemos manter esta temática, já que não foi possível realizar a Feira no ano passado.
O desafio da Água é fulcral para a agricultura e é um tema que preocupa todos os cidadãos. No momento em que se discutem tanto as alterações climáticas, em que precisamos de gerir cada vez melhor este recurso escasso e precioso, entendemos trazer a água para a discussão central da FNA.
A utilização da água é um fator determinante na capacidade produtiva de toda a agricultura. Foram criados muitos mitos em torno do consumo deste recurso na agricultura, nomeadamente, que este setor gastaria muita água. Vamos demonstrar na FNA que a agricultura moderna tem uma utilização mais eficiente da água do que qualquer outro setor.
Os grandes desafios do regadio passam pela gestão sustentável da água, um problema que é transversal a toda a sociedade, numa fase em que tanto se fala de alterações climáticas e poupança de água.
Os agricultores necessitam de regar, mas precisamos de ter infraestruturas que armazenem e facultem o acesso à água, para que possam produzir alimentos.
Precisamos também de aprofundar o conhecimento sobre o reaproveitamento de água no setor agrícola, sobre como armazenar mais água, sobretudo para salvaguardar os períodos de carência, que têm sido mais frequentes nos últimos anos.
A utilização da tecnologia digital é fundamental para uma maior eficácia de ‘como regar’ e ‘quando regar’.
As alterações climáticas estão na ordem do dia. Na área do regadio, importa investir, melhorar e utilizar o conhecimento científico, para que a tecnologia da rega seja cada vez mais eficiente e atinja o ponto ideal de disponibilizar apenas a quantidade de água necessária.
A utilização de sensores, estações meteorológicas e computadores, é a única forma de se atingir essa sustentabilidade.
“No momento em que se discutem tanto as alterações climáticas, em que precisamos de gerir cada vez melhor este recurso escasso e precioso, entendemos trazer a água para a discussão central da FNA”.
A realização física e presencial da FNA21 é a grande novidade, depois de um ano muito difícil para todos. A FNA é uma forma de reforçar a imagem e de realizar negócios para todos aqueles que, com a sua presença, demonstrem o apoio à realização do evento e ao setor agrícola.
A FNA21 será a primeira grande feira agrícola a decorrer fisicamente na nova fase de desconfinamento, que permite a realização de grandes eventos exteriores e eventos interiores.
O objetivo é conseguir fazer uma feira e que vá ao encontro das expetativas de expositores e visitantes, mas que cumpra todas as regras sanitárias em vigor.
A FNA é habitualmente o palco de importantes debates sobre os temas que mais relevo têm para o setor, dos quais destacamos os seminários alusivos à utilização eficiente da água, à contabilidade e gestão na atividade agrícola e aos jovens agricultores, assim como os desafios da nova Política Agrícola Comum (PAC).
“A utilização de painéis solares, a reciclagem de papel e plástico, o fim dos copos descartáveis e evitar (…) o uso do papel, permitem que a pegada ecológica da FNA seja cada vez menor”.
A FNA21 terá vários polos de interesse para os profissionais do setor e para o público em geral.
Os seminários e os debates mais técnicos serão um polo de atração para os profissionais da área e a exposição de maquinaria agrícola, com equipamentos modernos e que têm como imagem de marca a inovação tecnológica irá cativar todos aqueles que nos visitarem.
A pecuária contará com uma representação das principais raças autóctones nacionais e com uma assinalável presença de equinos, caprinos e ovinos.
Por outro lado, no Salão Prazer de Provar, a FNA proporciona ao consumidor o acesso a alguns dos melhores produtos nacionais, nomeadamente os ‘Melhores dos Melhores’ dos Concursos Nacionais com Azeites, Queijos, Enchidos, Doces, Méis, entre outros. O espaço dedicado ao Programa ‘Portugal Sou Eu’, iniciativa que visa a dinamização da produção nacional, contará com vários representantes que estão no mercado.
Como é hábito, as tradições ribatejanas não são esquecidas. Provas equestres, largadas de touros e provas de campinos não poderiam faltar na FNA.
A preocupação com a sustentabilidade e com o ambiente é já uma imagem de marca da FNA. A utilização de painéis solares, a reciclagem de papel e plástico, o fim dos copos descartáveis e evitar, na medida do possível, o uso do papel, permitem que a pegada ecológica da FNA seja cada vez menor.
Este ano a FNA vai ter uma presença digital permanente ao longo do ano, o que representa uma vantagem significativa na dinâmica entre comerciantes e consumidores do setor.
Em qualquer momento será possível ao visitante procurar informação útil, estabelecer contactos e trocar informações. Numa base permanente, será também possível a consulta aos expositores e o acesso ao arquivo dos eventos da feira.
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Agriterra - Informação profissional para a agricultura portuguesa