Chaparro Agrícola e Industrial, S.L.
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A FNA'21 promoveu durante cinco dias a agricultura, o mundo rural e todos os setores relacionados com este mercado

“Plataforma eFNA representa uma evolução no nosso percurso”

Ana Clara e Emília Freire | Fotos: Redação Agriterra

14/06/2021

Palavras de Luís Mira, administrador do Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA), que fez, no final do evento, um balanço da Feira Nacional de Agricultura (FNA'21).

FNA'21 teve lugar em Santarém, de 9 a 13 de junho. Tema do certame este ano foi 'a Água na Agricultura'

FNA'21 teve lugar em Santarém, de 9 a 13 de junho. Tema do certame este ano foi 'a Água na Agricultura'.

Em conferência de imprensa, que teve lugar na manhã de dia 13 de junho, a organização fez um balanço “positivo” do certame que, este ano, decorreu com várias limitações, devido à pandemia. Segundo o CNEMA, visitaram o evento 44 mil pessoas. "É um grande sucesso porque, no ano passado, houve zero. Não é comparável com as feiras anteriores porque as circunstâncias não são as mesmas. A feira tinha dignidade e os expositores, dentro das circunstâncias, manifestaram-se satisfeitos", começou por dizer Luís Mira, adiantando que “o sucesso desta feira foi a sua realização”.

O responsável agradeceu, por isso, a todos os intervenientes que trabalharam para que o certame se realizasse em segurança.

Neste âmbito, o CNEMA, cumprindo as exigências da Direção-Geral da Saúde (DGS), implementou todas as regras para que os envolvidos na realização do evento se sentissem seguros e "o público colaborou, seguindo as recomendações", afiançou o responsável.

Realçou, por isso, a realização de testes a expositores, fornecedores e colaboradores da FNA'21. "Este ano o ingresso na feira foi feito unicamente pela entrada principal do CNEMA e existiu medição de temperatura, uso de máscara e desinfeção das mãos. De modo a cumprir o distanciamento social, a circulação foi devidamente assinalada com os respetivos sentidos e nas Naves A e B, foi implementado um sistema de contagem de pessoas para obedecer às regras da DGS. Os visitantes puderam assistir às largadas de touros na bancada, em lugares devidamente marcados, cuja lotação não ultrapassou 1/3 e o acesso às varolas foi condicionado de modo a controlar o número de pessoas que quisessem entrar na manga. A FNA teve equipas a controlar o cumprimento das regras com a colaboração ativa da PSP", acrescentou.

Luís Mira, administrador do CNEMA, durante a conferência de imprensa , em que fez o balanço do certame

Luís Mira, administrador do CNEMA, durante a conferência de imprensa , em que fez o balanço do certame.

eFNA: uma novidade, um sucesso e é para repetir

Este ano, a organização apostou no formato digital, devido à pandemia. “Desenvolvemos a plataforma eFNA, o que representa uma evolução no nosso percurso", considerou Luís Mira, adiantando que será um modelo a repetir em futuras edições, como complemente ao evento físico.

A eFNA é um modelo de feira digital, extensão e complemento natural da feira física. Neste modelo, a FNA proporciona aos visitantes e expositores uma interação transversal a todo o ano, 24h sobre 24h.

Nestes dias, e até dia 13 de manhã (hora da conferência de imprensa de balanço da feira) foram contabilizadas 216.000 visitas (com origem na Europa, América, África e Ásia) com 524.000 ações, entre elas, a visualizações de vídeos, fotografias e brochuras, pesquisas por área de atividade, downloads, entre outros.

As conferências, webinares e apresentações em livestream tiveram mais de 20.000 visualizações.

Recorde-se que a revista Agriterra, media partner do certame, e que participou com stand próprio, contou com uma feira virtual na eFNA. Veja aqui.

Stand da revista Agriterra na FNA'21
Stand da revista Agriterra na FNA'21.

'Conversas de Agricultura' debateram setor e há um problema para resolver no rio Tejo

As 'Conversas de Agricultura' da FNA'21 tiveram como objetivo discutir e debater as principais questões do mundo agrícola, sendo que o tema principal foi 'a água na agricultura'.

Durante cinco dias, a Feira recebeu 23 ações subordinadas a vários temas desde webinars, conferências em modo presencial ou online e reuniões de trabalho.

Neste sentido, Luís Mira, considerou “inaceitável“que o Tejo, em junho, não tenha tido água para regar. ”Corria zero. Não me parece que a desculpa sejam os espanhóis, nós temos que resolver os problemas que temos. E há soluções internas para os resolver, com afluentes internos que podem resolver esta situação. Assim o queiramos”, apelou.

Destas muitas ‘Conversas’ destacamos duas: a ‘Água na Agricultura’, no dia 9 de junho, e a Cimeira Ibérica, na sexta-feira, dia 11.

Na Conferência sobre a água, o presidente da CAP, Eduardo Oliveira e Sousa, salientou o enorme progresso que os agricultores têm feito no uso deste recurso, exemplificando com a produção de tomate, afirmando que “hoje usamos menos de metade da água, cerca de 4.000m³/ha, e conseguimos o dobro da produção. A palavra de ordem é, de facto, sustentabilidade”.

Nesta conferência, o consultor Pedro Serra, salientou que “nesta altura temos um Tejo, e um País, vulneráveis às cheias e às secas, e a alternativa é um Tejo resiliente”. Para isso, defende a construção de uma nova barragem, frisando que “os espanhóis já fizeram a sua parte, têm três barragens, por isso nós também temos de fazer a nossa”.

Filipa Saldanha, da Fundação Calouste Gulbenkian, apresentou o estudo ‘O Uso da Água em Portugal’, que conclui que a agricultura é responsável pelo uso de 75% da água, explicando que “este documento vai servir de base para um plano de ação com o setor agrícola na área da sustentabilidade e do desenvolvimento para 2021 e 2022”.

Cimeira Ibérica discute importância da PAC

Na Cimeira Ibérica, organizada pela CAP e pela sua congénere espanhola, a Asociación Agraria de Jóvenes Agricultores (ASAJA), centrou-se na nova Política Agrícola Comum (PAC) e nas medidas necessárias para os agricultores ibéricos, mas falou-se também da forma como a inovação pode ajudar os produtores a atingirem os objetivos estabelecidos pela União Europeia, nomeadamente na Estratégia do 'Prado ao Prato'.

Da Cimeira saiu uma posição comum entre a CAP e a ASAJA em relação ao Acordo da PAC (que a Presidência Portuguesa do Conselho da UE acabou por conseguir atingir no final de junho), defendendo que “como países vizinhos e parceiros comerciais temos de manter uma relação de proximidade e coerência, principalmente nos pagamentos ligados, que são um instrumento de apoio à manutenção das atividades económicas nas regiões desfavorecidas e de baixa densidade populacional. É necessário manter o apoio atual para mantermos a sobrevivência e o desenvolvimento destas comunidades”.

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Maquinaria agrícola: uma das (clássicas) atrações do evento

Sobre os expositores, Luís Mira realçou que, “apesar de contar com menos expositores, a exposição de maquinaria na feira foi uma das atrações do evento, com equipamentos modernos e que têm como imagem de marca a inovação tecnológica”.

Demonstrações e reuniões de negócios marcaram o reencontro do setor da maquinaria agrícola no CNEMA
Demonstrações e reuniões de negócios marcaram o reencontro do setor da maquinaria agrícola no CNEMA.

A FNA'21 também foi um espaço reservado às várias organizações do setor como associações, cooperativas agrícolas, instituições e equipamentos (Nave B).

Neste espaço, os visitantes puderam conhecer organizações do setor e empresas de referência neste mercado e também aqui decorreu a Fersant – Feira Empresarial da Região de Santarém.

Exposição de maquinaria agrícola da Tratores Ibéricos

Exposição de maquinaria agrícola da Tratores Ibéricos.

A pecuária contou igualmente com uma representação mais reduzida de raças autóctones nacionais, equinos, caprinos e ovinos. Esteve concentrada num só local, com circuitos próprios para maior segurança na visita do público.

Destaque ainda para as várias atividades equestres que aqui decorreram com bastante participação e que animaram a zona do Grande Ringue destacando-se o Concurso de Coudelarias e o Concurso da Égua Afilhada.

Tradição de visitas institucionais cumpriu-se

A FNA'21 contou com a presença de várias individualidades como já é hábito, entre elas, o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, o secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, João Torres, a Comissão de Agricultura e Mar e os líderes de vários partidos como Rui Rio (PSD), Jerónimo de Sousa (PCP), André Ventura (Chega), Francisco Rodrigues dos Santos (CDS) e D. Duarte Pio de Bragança.

Já o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, visitou a feira no dia 13 de junho, bem como o presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, e o secretário de Estado da Agricultura, Rui Martinho.

"A presença destes responsáveis foi uma demonstração da preocupação e interesse para com o setor agroalimentar e uma prova de confiança na capacidade dos agricultores portugueses. As diversas personalidades presentes no evento consideraram o setor agrícola essencial para o crescimento económico e para a criação de mais postos de trabalho", vincou Luís Mira na conferência de imprensa de balanço da feira.

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