É unânime: todas as empresas com quem a Agriterra falou na Agroglobal consideram que o certame voltou a ser um sucesso. A feira ficou marcada pelo anúncio, no último dia (9 de setembro), de que a gestão passa agora, 12 anos depois, para as mãos do Centro Nacional de Exposições (CNEMA).
A grande notícia do certame foi deixada para o fim, no encerramento, pelas vozes de Joaquim Pedro Torres e Manuel Paim, os mentores que trouxeram a Agroglobal para Porto de Muge, no Cartaxo, em 2009.
Subiram ambos ao palco do Auditório Armando Sevinate Pinto, em conjunto com Eduardo Oliveira e Sousa e Luís Mira, administradores do CNEMA, para anunciar que a Agroglobal passará a ser organizada pelo CNEMA.
Maria do Céu Antunes apresentou a 9 de setembro, na Agroglobal, a abertura dos primeiros Avisos no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), com vista à 'Mitigação das Alterações climáticas' e à 'Adaptação às alterações climáticas'.
O anúncio foi feito durante a sessão de encerramento da cerimónia 'Terra Futura – A Inovação a Acontecer'. Maria do Céu Antunes explicou que “o Ministério da Agricultura vai investir 93 milhões de euros para implementar a Agenda 'Terra Futura', inscritos no PRR, ambicionando garantir a transição ecológica, climática e digital. Estes Avisos são dois exemplos práticos de um conjunto de várias medidas de políticas públicas que temos planeadas, no sentido de ir ao encontro destes objetivos”.
Do pacote do Plano de Recuperação e Resiliência para a Agricultura, 12 milhões estão destinados a projetos estruturantes, com destaque para o Portal Único da Agricultura, também lançado na Agroglobal.
Este Portal – agricultura.gov.pt – pretende simplificar a relação dos produtores e agricultores com o Ministério da Agricultura, oferecendo-lhes “uma porta de entrada única para todos os organismos desta área governativa, disponibilizando as ferramentas essenciais, desde informações sobre os Avisos disponíveis, aos formulários necessários para se candidatarem aos mesmos, passando por toda a informação relativa à sua atividade".
A governante adiantou ainda que o Ministério da Agricultura vai também investir 36 milhões de euros para a revitalização da Rede de Inovação, com a renovação e modernização de 24 Polos, com o objetivo de desenvolver iniciativas de inovação no setor agrícola de forma regionalizada por todo o território do continente.
A ministra sublinhou que todas estas medidas materializam a Agenda de Inovação 'Terra Futura', apresentada há um ano, na Agroglobal. Um roteiro para a década, que procura responder aos grandes desafios do setor agroalimentar, refletindo a aposta no reforço da sustentabilidade.
Foram várias também as instituições financeiras que estiveram em Valada do Ribatejo, apresentando as suas soluções de financiamento para as áreas agrícola e agroalimentar.
Destaque para o BPI que lançou na Agroglobal a 10.ª edição do Prémio Nacional de Agricultura.
O evento de lançamento teve lugar a 8 de setembro e contou com a presença de Maria do Céu Antunes, ministra da Agricultura, que salientou a importância desta iniciativa para fomentar o empreendedorismo e trazer jovens para a agricultura portuguesa, valorizando a atividade agrícola como fator determinante da recuperação económica e do bem-estar social.
Das inúmeras conferências que tiveram lugar no certame, destaque para duas delas, moderadas pela jornalista da Agriterra, Emília Freire.
Uma dedicada ao mercado mundial de matérias-primas, organizada pela Anpromis e pela Anpoc, e outra, organizada pela Agro.Ges sobre a economia e a sustentabilidade ambiental’.
As gravações de todas as conferências realizadas na Agroglobal estão disponíveis em: http://agroglobal.pt/calendario2021.
Recorde-se que esta última conferência foi antecedida pelo lançamento do livro ‘A Agricultura Portuguesa: Desafio para o futuro', do professor Francisco Avillez, fundador e coordenador científico da Agro.Ges.
A obra, que reúne vários textos publicados entre 2015 e 2020, percorre vários momentos do setor, desde a adesão de Portugal à então Comunidade Europeia, passando pela aplicação da PAC, passada e futura, mas também com reflexões sobre a neutralidade carbónica e a bioeconomia.
Ao longo das 360 páginas do livro, Francisco Avillez, analisa de forma detalhada vários temas estruturais do setor, com especial relevo para a importância de uma gestão sustentável do solo, decisiva para o crescimento futuro da agricultura nacional.
São muitos os problemas e desafios da agricultura portuguesa, e Francisco Avillez não esquece nenhum. Deixamos alguns dos temas mais importantes abordados na obra: a viabilidade económica das explorações agrícolas em Portugal, a produtividade, as exportações e o crescimento económico do agroalimentar, os ecoregimes, a reforma da PAC, claro, e a nova arquitetura verde para a agricultura portuguesa. No último capítulo do livro, o destaque vai para 'a água e a agricultura em Portugal.
Para o professor, “estas desigualdades decorrem, no essencial, do modelo de cálculo e aplicação dos pagamentos base atualmente em vigor, uma vez que dele decorre uma repartição de direitos em número inferior à superfície potencialmente elegível e com valores unitários muito diferentes entre si”.
No que respeita aos eco-regimes (que visa sobretudo apoiar a proteção ambiental e a luta contra as alterações climáticas), o autor também é muito assertivo: “as verbas disponíveis para financiar os pagamentos eco-regimes deverão ser predominantemente orientadas para incentivar a expansão dos dois seguintes tipos de sistemas de ocupação e uso dos solos agrícolas e agroflorestais: a agricultura de conservação (ou regenerativa) e os prados e pastagens permanentes melhoradoras, devendo estes últimos garantir uma compensação integral da redução prevista para os prémios às vacas aleitantes”.
A Hubel Verde, empresa competitiva ao nível da nutrição de plantas e também na fitossanidade, marcou presença na Agroglobal 2021.
A Agriterra esteve com a marca no seu stand nos campos de Valada do Ribatejo e falou com João Caço, diretor executivo da Hubel Verde. O responsável destacou que uma das grandes prioridades da Hubel passa por “apostar cada vez mais na assessoria de campo e no acompanhamento aos produtores”.
João Caço (diretor executivo) e Mónica Monteiro (Departamento de Inovação, registo e divulgação), da Hubel.
A Hubel continua a apostar nos adubos líquidos, mais concretamente na sua linha própria BLUDIAMOND, direcionada para a fertirrega e sólidos. Tratam-se de adubos diferenciadores por possuírem sempre incorporada matéria orgânica na forma de nano carbono, que ajuda a melhorar a microbiologia do solo e a assimilação dos nutrientes por parte da planta.
João Caço salientou ainda as soluções de biotecnologia da Hubel centradas no uso de fungos micorrizicos e bactérias do solo solubilizadoras de fósforo e fixadoras de azoto. Deu também destaque ao uso de bactérias simbióticas de fixação de azoto atmosférico ao nível das folhas das plantas.
Recorde-se que o portefólio da Hubel Verde tem sido alvo de atualização com produtos que aportam novas tecnologias, nomeadamente, o uso de microrganismos e nanotecnologia. Neste sentido, atenta aos desafios do 'Farm to Fork' e da agricultura sustentável, a Hubel tem uma nova marca própria, dedicada à Agricultura Biológica, a Native.
Já a EntoGreen, uma marca da Ingredient Odyssey SA, focada na economia circular no setor agroalimentar, apresentou na Agroglobal o projeto ‘Olival Circular’, que através do uso de insetos como ferramenta de bioconversão vai transformar um subproduto do olival, neste caso o bagaço de azeitona, em fertilizante orgânico para os solos, mas também em óleos e proteínas para a alimentação animal.
Os substratos orgânicos Nutrimais são produzidos utilizando matérias-primas de qualidade e sustentáveis, onde se destaca o Corretivo Agrícola Orgânico 100% natural Nutrimais. Numa primeira fase será comercializado em embalagens de 40 litros e 3 fórmulas desenhadas para usos generalizados ou específicos:
Fernando Leite falou-nos dos quatro novos produtos para o mercado agrícola (três substratos orgânicos e um vermicomposto) apresentados na Agroglobal.
Fernando Leite, administrador-Delegado da Lipor, realçou que a Agroglobal “é a melhor feira agrícola do País e o local certo para promover os novos produtos da Nutrimais“ e, “sem dúvida, valeu a pena. Foi um sucesso”.
Para a década que estamos agora a iniciar, Fernando Leite salienta que "olhando para o País, temos um papel muito importante a desenvolver no futuro do setor primário. Sendo Portugal carente de matéria orgânica, tanto se aplica no norte como no sul do País. Em sequeiro como em regadio, ou seja, há aqui uma aplicação muito global e temos que nos lembrar que hoje, cada vez mais, as estratégias dos países é tentarem concentrar-se nas suas produções internas, visto que estamos dependentes das cadeias de distribuição de outros países e isso comporta falhas".
"Acreditamos que a agricultura mais tecnológica - que temos hoje - é já o presente e, por essa razão, queremos ter produtos muito selecionados e que satisfaçam as necessidades. E, nesta medida, todos os produtos que aqui apresentámos são já fruto de muita inovação", explicou.
A ADP Fertilizantes contou nesta edição de 2021 com cinco campos demonstrativos de diversas culturas - batata, cenoura, tomate, milho silagem e milho grão -, onde as mais recentes tecnologias da empresa serão aplicadas, de forma a mostrar o seu funcionamento em campo.
Entre elas, destaque para o produto Nutrifluid IMPULSE, com tecnologia eON, que funciona como um impulsor energético, permitindo que se melhore as respostas da planta, reduzindo a necessidade de energia, a linha NERGETIC Dynamic, com tecnologia DUO PRO, que minimiza as perdas dos nutrientes por lixiviação sem impedir que os mesmos sejam disponibilizados de imediato para as plantas; e, por fim, a linha PLUSMASTER, com a tecnologia AntiOX, um dos produtos-chave da ADP.
A revista Agriterra esteve à conversa com António Gastão Rodrigues, um dos sócios e administrador da Magos Irrigation Systems, no stand da empresa na Agroglobal, onde o responsável fez um balanço “positivo” da campanha de primavera-verão e das culturas hortícolas, de melão e melancia, concretamente.
A Magos conta, essencialmente, com duas grandes áreas de atividade: a venda de fatores de produção e a instalação de projetos de rega.
Gastão Rodrigues salientou que, neste momento, ambas as áreas “estão dentro das expectativas” previstas, a nível de balanço, sobretudo, porque a empresa atuou atempadamente, antecipando também alguns problemas de logística provocados pela pandemia.
Também a Timac Agro esteve no certame onde aproveitou para lançar, a 7 de setembro, uma nova geração de estimulantes, com o objetivo de responder às alterações climáticas. A gama ‘ADN' surge como mais uma solução para os efeitos dos fenómenos extremos que, cada vez mais, alteram os ciclos de produção das culturas e apresentam consequências lesivas no setor agrícola.
António Howorth, campaign specialist da Syngenta, salientou à Agriterra que “na Agroglobal a Syngenta tinha vários campos de ensaio de milho, para mostrar a eficácia dos seus herbicidas, nomeadamente do Camix, E também das suas variedades de sementes”. Destacou ainda as faixas de misturas biodiversas da Operation Pollinator, que a empresa vai começar a comercializar em breve, depois de diversos ensaios em vários produtores e culturas, “uma vez que o interesse tem sido muito grande”.
Também a Imper Regas esteve presente no certame e em declarações à Agriterra, José Alexandre Caeiro, gestor da empresa, salientou que na feira apresentaram o novo quadro digital que trabalha com IA e que concilia a informação com as estações meteorológicas e sondas de humidade, fazendo ele próprio a previsão de necessidades de rega dia-a-dia.
Madalena Miguel, country manager da Nufarm, que está a comemorar 20 anos em Portugal, realçou a aposta da marca em novas Soluções Técnicas e na Estratégia 3.1 - centrada no Compromisso (soluções adaptadas ao País), Sustentabilidade (da empresas e das suas soluções) e Sentido de Missão (alimentar o mundo).
Rui Miguel Chorado, responsável pela parte comercial e vendas em Portugal da Dispnal , não tem dúvidas: "esta é a terceira vez que participamos na Agroglobal e é sempre um sucesso".
A empresa marcou presença no certame algumas marcas que representam como a Galaxy e a Petlas, bem como a Continental Agrícola em Portugal.
"A gama agrícola da Continental está posicionada num produto médio/alto, em que se está a fazer bastante equipamento de origem e onde estão presentes nas marcas principais de tratores, sendo que falamos de um produto que vai crescer muito nos próximos anos. A Galaxy é originária da Índia, está mais centrada na parte do agroindustrial, e a Petlas, com a qual trabalhamos há 20 anos, é uma marca que tem tudo dentro da parte agrícola", disse o responsável.
Hugo Bexiga, da STET, refere que "é a primeira vez que a empresa esteve com a STET Florestal" na Agroglobal e não tem dúvidas em afirmar que a feira "excedeu as nossas expectativas", sobretudo depois de ano e meio de pandemia intensa.
“A STET florestal é uma marca que lançámos há dois anos e que no universo STET está focada em soluções para a floresta, não só equipamentos caterpilar, mas também outras marcas”, disse, adiantando que muito em breve, a STET Florestal vai trazer outras marcas.
Nos dias 7, 8 e 9 de setembro, a BASF Agricultural Solutions Portugal em colaboração com a Nunhems - especialista em sementes hortícolas do grupo BASF - marcaram presença na Agroglobal.
O regresso do formato presencial da feira foi claramente ansiado por todo o setor, inclusive pela BASF Agricultural Solutions Portugal, que apostou na divulgação e lançamento de soluções agrícolas focadas na horticultura. Dagonis®, Sercadis®, Serifel® e Salvor® – o mais recente fungicida BASF - estiveram em destaque.
Numa participação integrada com a Nunhems, tudo foi desenvolvido a pensar não só nas culturas predominantes na região em que a feira acontece, como também no acolhimento de clientes e parceiros, num espaço que evidenciasse a nossa marca e a nossa visão para o futuro da agricultura.
Focados na inovação, digitalização e sustentabilidade enquanto objetivos e áreas de atuação estratégicas, a BASF estabeleceu uma parceria com a Consulai, que lançou o desafio de compensar as emissões de carbono da participação na Agroglobal 2021. Através do serviço lançado na feira – Neutrologia – desenvolvido pela Consulai e pela 2BFOREST, a participação da BASF contribuirá para a floresta portuguesa.
Ângela Gonçalves, Diretora de Marketing da BASF Agricultural Solutions Portugal, afirma que “este ano, a Agroglobal superou as nossas expectativas. Encontrámos uma enorme diversidade de expositores do setor representada nos diferentes stands, bem como um espírito de perseverança e, acima de tudo, uma visão partilhada sobre o futuro da agricultura, assente na digitalização e inovação. E é precisamente na inovação que a BASF continuará a investir no futuro. Especificamente no que toca à proteção de plantas e para as principais culturas portuguesas, estamos focados em disponibilizar aos agricultores nacionais as melhores ferramentas a que outros agricultores europeus têm acesso”.
Para a Antonio Carraro, a Agroglobal 2021 não foi apenas mais uma feira comercial, tratou-se do primeiro certame após a pandemia. O fabricante de tratores especializados teve uma exposição estática onde deu a conhecer uma gama completa sobre a sua vasta gama de modelos, alguns dos quais tiveram a oportunidade de realizar trabalhos de campo numa parcela contígua ao evento, tudo num contexto de máxima segurança.
A filial ibérica também aproveitou o evento em Portugal para se encontrar com a sua rede de distribuição no País, e que “estão a fazer um excelente trabalho e estamos muito orgulhosos de ter uma equipa tão maravilhosa”, segundo a empresa. Todos ficaram muito satisfeitos com o encontro, destacaram a grande organização da Agroglobal, sendo que a Antonio Carraro contou ainda com a visita no seu stand do Primeiro-Ministro, António Costa, e da ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, que salientou a importância do setor agrícola e dos seus investimentos.
A Aerobotics, empresa de agrotecnologia que trabalha com imagens aéreas e Inteligência Artificial para criar ferramentas inteligentes para a agricultura, também marcou presença em Valada do Ribatejo.
Bernado Costa, Chefe de Parcerias Globais da empresa, falou à Agriterra sobre a participação da Aerobotics, que entrou no mercado português em 2018, "sendo que foi nesse ano que conhecemos na feira a AGRO.GES". Devido ao bom feedback dos agricultores, a partir deste ano, a Aerobotics pretende expandir a sua atuação local, com uma equipa 100% dedicada ao mercado nacional.
“A empresa trabalha com tecnologia que ajuda na otimização da produção, faz sentido para a AGRO.GES e consultores em geral terem ferramentas que possam ajudar nas análises e aconselhamentos que necessitam”, sublinhou, explicando a parceria estabelecida entre ambas as empresas.
O mercado português tem corrido bem, assegura o responsável, adiantando que a Aerobotics está a trabalhar mais em culturas como o amendoal, o nogueiral, o olival, a vinha, "sendo que tencionamos, trabalhar com citrinos e abacates em 2022", culturas em expansão no nosso País.
Bernardo Costa recorda que a empresa é originária da África do Sul, que iniciou atividade em 2014, focada em processamento de imagens aéreas com o objetivo de fornecer informações precisas que auxiliam a otimização da produção agrícola. "Fazemos isso, processando com os nossos algoritmos, imagens de drones, detalhando cada planta em uma parcela precisa, desde a variabilidade do solo, uniformização da rega e pragas e doenças", adiantou, lembrando que os mercados mais relevantes para a empresa são os EUA, África do Sul, Austrália e Portugal.
Rui Marques, Diretor da Divisão Indústria e Agrotêxteis da Cotesi, disse à Agriterra que "a Agroglobal foi uma vez mais uma referência no panorama nacional", e onde a Cotesi esteve presente com toda a sua gama de Embalagem Agrícola e Sistemas de Proteção de Culturas.
Na Embalagem Agrícola foi aprsentada a gama de Enfardamento, com os seguintes produtos:
Na Embalagem Industrial, os vários modelos de Sacos e Big Bags:
Nos Campos Experimentais, “a nossa Gama AgroTêxtil esteve em exposição. Telas de Solo, Redes Anti Granizo, Anti Pássaro e Anti Escaldão, Corta Ventos”, referiu Rui Marques.
O responsável salienta que "a preocupação ambiental tem sido sempre um fator presente no desenvolvimento dos nossos produtos. Obter performances melhoradas com produtos mais leves e mais duráveis é resultado dos investimentos constantes".
www.agriterra.pt
Agriterra - Informação profissional para a agricultura portuguesa