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Tiragem da cortiça no concelho de Coruche reconhecida como Património Cultural Imaterial

Agriterra03/12/2021
A tiragem da cortiça no concelho de Coruche foi inscrita no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial.
Um sobreiro é capaz de produzir uma nova camada de casca com idêntica espessura a cada 9 anos
Um sobreiro é capaz de produzir uma nova camada de casca com idêntica espessura a cada 9 anos.

O despacho da subdiretora-geral do Património Cultural, Rita Jerónimo, datado de 12 de novembro, foi publicado a 29 de novembro no Diário da República, e nele destaca-se a importância desta “manifestação do património cultural imaterial enquanto reflexo da respetiva comunidade e a articulação com as exigências de desenvolvimento sustentável e de respeito mútuo entre comunidades, grupos e indivíduos”.

A candidatura foi apresentada pela Câmara Municipal de Coruche em 2018, no domínio das competências no âmbito de processos e técnicas tradicionais em atividades extrativas.

A tiragem da cortiça ou descortiçamento é definida como uma operação que permite a extração da cortiça do sobreiro, devendo haver uma especialização da parte do tirador para que a retirada da cortiça acompanhe o ciclo de crescimento do sobreiro sem lhe retirar a sua vitalidade, ou seja sem ferir o sobreiro. Toda a especialização que envolve o processo, torna esta técnica uma verdadeira arte, a qual não será possível sem a dedicação de todos os tiradores de cortiça, homens altamente especializados que transmitem de geração em geração o saber-fazer singular do manuseio da machada desde a ancestralidade.

Um sobreiro é capaz de produzir uma nova camada de casca com idêntica espessura a cada 9 anos, período após o qual é submetido a um novo descortiçamento. A idade média produtiva do sobreiro será 200 anos, sendo sujeito neste período a cerca de 15 descortiçamentos. Os exemplares, mais velhos, conhecidos têm mais de 500 anos.

Esta é uma atividade sazonal que se realiza fundamentalmente entre meados de maio e meados de agosto, durante a fase mais ativa do crescimento vegetativo da árvore.

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Para o Município de Coruche, a validação da classificação como património cultural imaterial é um passo importante desta arte para o reconhecimento, valorização e preservação desta atividade.

Mais informações disponíveis no website do Montado de Sobro e Cortiça.

Montado de Sobro e Cortiça

O PROVERE 'O Montado de Sobro e Cortiça' obteve o reconhecimento formal da sua Estratégia de Eficiência Coletiva (EEC) - 'O Montado de Sobro e Cortiça' a 29 de julho de 2009, no âmbito do anterior período de programação financeira (Quadro de Referência Estratégico Nacional 2007-2013 – QREN).

Neste contexto, e para além de entidades públicas, integrava agentes da fileira da cortiça com atividades num largo espectro, desde o montado de sobro ao produto transformado final, num total de 19 entidades.

No seguimento da EEC aprovada no QREN 2007-2013, das recomendações feitas no processo de avaliação decorrido no ano de 2015 e de acordo com os desígnios do Convite Nº ALT20-28-2016-12 e do POR Alentejo 2020 (designadamente no que respeita à Prioridade de Investimento 8.9), foi revisitada a Estratégia, reforçada a Parceria e proposto um novo Programa de Ação para o período 2014-2020, tendo sido aprovada a 12 de outubro de 2016 a nova EEC PROVERE 'O Montado de Sobro e Cortiça 2014-2020'.

Assim, o 'O Montado de Sobro e Cortiça' responde aos novos desafios dos territórios do montado de sobro e da cortiça, fomentando a competitividade deste território de baixa densidade, conferindo-lhes valor e consolidando a sua identidade e potencial económico focados no recurso endógeno.

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