A Alltech e o seu distribuidor Agrobeja reuniram várias dezenas de agricultores e técnicos numa jornada de campo sobre a importância do solo, do seu microbioma e da fertilização na cultura do amendoal, a 8 de fevereiro, em São Manços, Évora.
As 'Conversas de Campo' decorrem na Herdade dos Castelos, propriedade do empresário norte-americano Rusty Schafer, experiente produtor de amêndoas na Califórnia, agora com amendoais no Alentejo.
Isabel Brito, investigadora da Universidade de Évora, deu uma verdadeira aula sobre microbiologia do solo e a importância dos “micróbios” para a intensificação sustentável da agricultura, explicando de forma descomplicada a chave para o sucesso: "é preciso é ter o micróbio certo, na hora e no local certo".
A investigadora alertou para os perigos da perda de biodiversidade do solo, entre os quais estão a redução de interação e redundância de ação entre microrganismos e a perda de funções do solo, levando à maior fragilidade do sistema solo-plantas num contexto de alterações climáticas. A este propósito revelou um número surpreendente: “a gestão sustentável do solo poderia permitir-nos produzir mais 58% de alimentos à escala global”.
Num ensaio comercial realizado na cultura do amendoal em Portugal, o bioestimulante Contribute IbNP da Alltech Crop Science, formulado exclusivamente à base de Azospirillum brasilense e Pseudomonas putidas, contribuiu para reduzir em 18% a aplicação de fertilizantes químicos, com 16% de aumento na produção de amêndoa, melhorou os parâmetros qualitativos do fruto, e permitiu reduzir em 17% os kg de CO2 equivalente por kg amêndoa.
As soluções da ACS contêm na sua formulação estirpes exclusivas de microrganismos, em níveis de concentração muito acima do que a legislação recomenda, o que se reflete na eficácia dos produtos.
"A cultura da amêndoa é bastante sensível a fungos de solo, mas com os produtos da Alltech Crop Science, nomeadamente o Contribute AID, à base de Tricoderma koningiopsis, e o Complex AID, este à base de aminoácidos procedentes da fermentação enzimática da Saccharomyces cerevisae, conseguimos reduzir a pressão de doenças causadas por fungos no solo e os efeitos são visíveis na sanidade das amendoeiras", revela Rute Mendes, responsável de campo na Herdade dos Castelos.
Num contexto em que os agricultores europeus são chamados a contribuir para uma Europa neutra em carbono até 2050 e perante os preços elevados dos fertilizantes químicos, os bioestimulantes são uma opção a ter em conta para uma agricultura intensiva, que assegure alimentos para todos, mas sustentável, respeitando as pessoas e o Planeta.
A União Europeia deu um sinal claro ao aprovar nova legislação que reconhece e regulamenta os bioestimulantes para plantas como uma nova categoria de fertilizantes.
O regulamento entra em vigor a 16 de julho de 2022.
www.agriterra.pt
Agriterra - Informação profissional para a agricultura portuguesa