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Informação profissional para a agricultura portuguesa

Ferramenta desenvolvida na UA localiza áreas de erosão após fogo

08/03/2022
Investigadores do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar, do Departamento de Ambiente e Ordenamento da Universidade de Aveiro, desenvolveram um mapa de risco de erosão do solo após incêndio para Portugal Continental.
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Este trabalho apresenta uma ferramenta para identificar áreas prioritárias para mitigação dos impactos dos incêndios na erosão do solo.

Este estudo, publicado na revista Scientific Reports, do grupo Nature, e assinado pelos investigadores Joana Parente, Antonio Girona-García, Ana Rita Lopes, Jan Jacob Keizer e Diana Vieira, indica que, em condições de elevada severidade do incêndio, a zona Centro-Norte do país revela um risco muito elevado de erosão do solo após incêndio. Para este facto contribuem a topografia, o regime de precipitação e o tipo de vegetação característico.

Coincidentemente, a zona Centro-Norte do país também é uma das zonas com maior recorrência de incêndios e, ao mesmo tempo, providencia serviços de ecossistemas importantes para o país, inclusive serviços ligados à quantidade e qualidade da água para fins de consumo humano, sublinhando a importância de uma gestão de fogos rurais que integra a prevenção, o combate e o restauro pós-fogo.

É certo que os incêndios rurais são um fenómeno recorrente em Portugal. É um problema complexo que possui uma dinâmica que envolve múltiplas vertentes, entre as quais se destacam os fatores ambientais, sociais, económicos e políticos. Entre os vários impactos ambientais causados pelos incêndios rurais estão aqueles causados ao solo, que em conjunto com a combustão da vegetação, causam a sua erosão acelerada.

Os impactos da erosão do solo após fogo, para além de contribuírem para a perda de solo, que é um recurso natural não-renovável, aumentam a suscetibilidade à ocorrência de inundações, danos em infraestruturas hidráulicas e rodoviárias, assoreamento em barragens, e contaminação de cursos e massas de água pelo transporte de sedimentos e cinzas. O transporte de cinzas e sedimentos para grandes massas de água têm sido reportados como relevantes, não só em Portugal, mas também noutras partes do mundo. Como tal, a mitigação do risco de erosão deve ser feita antes da ocorrência das primeiras chuvas após o incêndio, especialmente em áreas onde este risco é elevado.

Contrariamente aos EUA e Galiza, em Portugal a aplicação de medidas para a mitigação do risco de erosão pós-fogo costuma ser demorada e limitada a algumas áreas ardidas. Sendo este facto frequentemente justificado pela falta de ferramentas de diagnóstico que permitem identificar áreas de elevado risco de erosão.

Neste contexto, o projeto FEMME, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), desenvolveu o mapa de risco de erosão pós-fogo para Portugal Continental, para fazer face às potenciais dificuldades de tomada de decisão após incêndio, tendo como objetivo principal a criação de uma ferramenta de apoio à gestão pós-fogo. Este mapa foi obtido aplicando o modelo Morgan-Morgan-Finney (MMF) para áreas florestais dominadas por Eucalipto e Pinheiro, e ainda áreas de mato.

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