Startup portuguesa de tecnologia e inteligência artificial para bagas e estufas vence distinguida
O evento foi organizado pela Fundação Europeia para a Inovação (INTEC), em colaboração com a Agência Nacional de Inovação do Governo de Portugal (ANI).
Pelo segundo ano consecutivo, a segunda edição do Green Disruption Summit, o evento sobre inovação disruptiva para o combate às alterações climáticas e para o desenvolvimento sustentável, decorreu nas instalações do Instituto Internacional de Nanotecnologia da Península Ibérica (INL) em Braga (Portugal). O evento foi realizado paralelamente à 'Tech Week', organizada nas mesmas instalações pela ANI.
Promovido pela Fundação Europeia e Inovação - INTEC, o Green Disruption Summit é um espaço de inovação aberta, enquadrado no Projeto HIBA Interreg Espanha-Portugal, cujo objetivo é a apresentação e inspiração de soluções disruptivas para a preservação do planeta e o combate ao clima mudança, especialmente no que diz respeito ao impacto da agricultura e pecuária.
A abertura do acto e boas-vindas aos participantes foi feita por Lars Montelius, director geral do INL - Laboratório Ibérico Internacional de Nanotecnologia; João Borga, diretor-gerente da Agência Portuguesa de Inovação (ANI) e Juan Francisco Delgado, vice-presidente executivo da Fundação Europeia para a Inovação (INTEC).
A primeira apresentação intitulada 'Aplicação Green Disruption in Agrofood' foi feita por Juan Francisco Delgado. Foi feita uma análise dos principais desafios enfrentados pela sustentabilidade do planeta, e do seu impacto na cadeia agroalimentar em particular, onde foi salientada a necessidade de utilização de tecnologia para mitigar os efeitos das alterações climáticas na agricultura.
Posteriormente, foi aberto o painel 'Plataforma de colaboração em Inovação Aberta', no qual foram apresentados diferentes projetos europeus de inovação aberta. Participaram representantes da Iberia Conect Plattform (Extremadura), INL (Portugal-Espanha) e Smart Farm Colab (Portugal).
Em seguida, foi apresentado o painel 'Green Disruption & Startups', onde foi discutido o papel desempenhado pelas startups e suas soluções disruptivas para os problemas enfrentados pela economia verde no panorama global e europeu em particular. Este painel contou com a intervenção de destacados representantes da Agência Portuguesa de Inovação (ANI) como Diogo Gomes, Isaac Chocron da Ourcrowd (Israel) e Juan Manuel Revuelta da Fundação Finnova (Bruxelas).
O último dos painéis, intitulado 'Investment in Green Disruption', moderado por Antonio Fernández Ruiz, da Cupido Capital, foi composto por Rudy Aernoudt, da University Ghent & Nancy, departamento de finanças corporativas; Pedro Wilton, da Euronext Lisboa e Yolanda Diaz Villarubia, do World Business Angels Investment Forum.
A última parte do evento consistiu em um pitch de elevador em que as startups selecionadas participaram entre aquelas que se apresentaram ao edital do evento. A vencedora, escolhida por um júri internacional, foi a Viridius Technology, uma startup portuguesa de tecnologia e inteligência artificial para bagas e estufas. Além dos outros. Juntamente com as duas startups selecionadas, foram a Gloop (Espanha) com o desenvolvimento de talheres comestíveis e sustentáveis e a ARABAT (Itália) com uma solução de bateria elétrica reciclável para o mercado internacional de carros elétricos. Estes três também irão diretamente para a final do concurso de startups no elevador pitch que se realizará na 5ª edição do Smart Agrifood Summit, em Málaga, nos dias 29 e 30 de setembro. O júri internacional declarou que todas as startups selecionadas se encontravam num “nível extraordinário de aplicação à chamada economia verde e ao combate às alterações climáticas”.