Chaparro Agrícola e Industrial, S.L.
Informação profissional para a agricultura portuguesa
A sua função é essencial para os trabalhos de colheita

Chegou a hora da ceifeira-debulhadora de cereais

09/06/2023
A ceifeira-debulhadora de cereais é uma das máquinas agrícolas mais espetaculares, devido ao seu tamanho imponente e ao elevado nível tecnológico que integra.
A ausência de chuva não faz prever uma boa campanha de colheita de cereais durante as próximas semanas, mas isso não impedirá que as ceifeiras-debulhadoras voltem a percorrer os campos portugueses a fim de concluir longos meses de trabalho e investimento por parte dos agricultores.
Vista superior de uma ceifeira-debulhadora
Vista superior de uma ceifeira-debulhadora.

Tal como acontece com os tratores, a ceifeira-debulhadora é uma máquina reconhecida não só pelos profissionais agrícolas, mas também por qualquer cidadão que, em algum momento da sua vida, se tenha cruzado com uma na estrada. É esse “monstro” que desperta a raiva devido à sua reduzida velocidade de circulação, mas cujo trabalho é decisivo em pleno século XXI.

A colheita de cereais (seja trigo, cevada, milho, arroz...) ou de outras culturas (girassol, soja...) de forma mecanizada foi uma das grandes revoluções ocorridas na agricultura. Aconteceu na década de 50 do século passado e o seu impacto na mão de obra foi tal que as autoridades não promoveram a aceleração de um processo que, apesar disso, já era imparável.

Embora qualquer modelo atual disponível no mercado inclua os elementos essenciais das primeiras ceifeiras-debulhadoras, a evolução é constante em termos de sistemas hidráulicos, eletrónicos e, nos últimos tempos, com as soluções digitais relacionadas com a Agricultura 4.0 e a conetividade.

O processo de ceifa, seguido da debulha e da separação dos grãos, é a base para a tecnologia a partir da qual se chega à ceifeira-debulhadora de cereais moderna, que ao longo do tempo viu aumentar a dimensão destes elementos ou, inclusivamente o número, se nos referirmos aos sacudidores.

Um bom reboque é essencial para alcançar uma mudança de campo rápida sem danificar a ceifeira-debulhadora
Um bom reboque é essencial para alcançar uma mudança de campo rápida sem danificar a ceifeira-debulhadora.
Mas tais dimensões nem sempre foram bem recebidas pelos agricultores, o que levou a engenharia a colocar o cilindro em posição longitudinal e a realizar, assim, as duas tarefas. É a chamada ceifeira-debulhadora “axial”, muito difundida do outro lado do Atlântico e questionada nas zonas onde a palha é altamente valorizada. Existem também fabricantes que mantêm o cilindro em posição transversal e substituem os sacudidores por dois cilindros longitudinais para a separação dos grãos.

Vantagens

Além das características técnicas, a ceifeira-debulhadora foi introduzida muito rapidamente em quase todo o mundo. O investimento inicial é elevado, mas desde o primeiro hectare o investimento é devolvido devido à sua elevada capacidade de trabalho, com um excelente nível de qualidade, uma vez que se reduzem as perdas.
Reduz igualmente os custos de mão de obra e permite a colheita no momento pretendido, sem limitar o tipo de cereal, a parcela ou as possibilidades económicas da exploração, uma vez que, por outro lado, a colheita é um trabalho cada vez mais solicitado a empresas de serviços.
É a partir do tipo de debulha que se faz a classificação das ceifeiras-debulhadoras convencionais, rotativas e híbridas...

É a partir do tipo de debulha que se faz a classificação das ceifeiras-debulhadoras convencionais, rotativas e híbridas.

Partes essenciais

Embora cada um dos componentes básicos da ceifeira-debulhadora exigisse uma análise pormenorizada e exclusiva, neste artigo limitamo-nos somente a enumerá-los com um breve comentário.

• Corte e alimentação. Começa pela barra, cabeça ou mesa, que realiza a ceifa graças às lâminas com movimento alternado, com uma frequência definida, que prendem as plantas entre os dedos e as lâminas no seu movimento de vaivém. Existem cabeças de diferentes larguras e a altura é regulável. O rolo puxa a cultura para a barra de corte e daí para um parafuso sem-fim que envolve a cultura ceifada em direção ao centro, onde é apanhada pelos dedos retráteis e empurrada para o tapete elevador.

• Sistema de debulha. Encarrega-se de separar os grãos das espigas e da palha. É constituído pelo cilindro debulhador, que pode ser de dentes ou dedos, bem como de barras, e pelo côncavo, que é uma grelha por onde sai o grão. É precisamente a partir do tipo de debulha que se faz a classificação das ceifeiras-debulhadoras convencionais, rotativas e híbridas.

• Separação da palha. Obtido o grão, chega o momento de o separar dos outros materiais. A forma clássica é através de sacudidores, que transportam a palha para a parte traseira da máquina e recuperam os grãos retidos após a debulha. Existem diferentes tipos, em função do fabricante. Também se pode realizar a separação através de rotores longitudinais que substituem os sacudidores na totalidade ou em parte.

• Limpeza. O sistema clássico é constituído por uma caixa oscilante com crivos inclinados e um ventilador. Um movimento oscilante separa o grão da palha curta e do restolho, que sofrem o arrastamento pela corrente do ventilador de tipo centrífugo que faz a distinção entre partículas pesadas e leves.

• Armazenamento e descarga. Finalizado o processo e obtido o grão, este é elevado para a tremonha com um transportador de baldes para o seu armazenamento temporário e posterior descarga através de um parafuso sem-fim que o leva até um tubo suspenso na lateral da máquina.

Os utilizadores das ceifeiras-debulhadoras também têm muito em conta a produção de palha e de restolho
Os utilizadores das ceifeiras-debulhadoras também têm muito em conta a produção de palha e de restolho.

Além da qualidade do grão obtido e do nível de quebra do mesmo (que deve ser o mais baixo possível), os utilizadores das ceifeiras-debulhadoras também têm muito em conta a produção de palha e de restolho. Em função da zona, pode ser valorizada para a alimentação do gado, o que leva ao enfardamento, ou pode-se optar pela distribuição uniforme pela largura da parcela trabalhada.

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