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Informação profissional para a agricultura portuguesa

II Cimeira Internacional de Cooperativas de Língua Portuguesa

10/11/2023

A II Cimeira Internacional de Cooperativas de Língua Portuguesa (CICLP) foi organizada pela Caixa de Crédito Agrícola e Mútuo de Torres Vedras, pela Cooperativa do Povo Portuense e Instituto Antero de Quental, e realizou-se entre os dias 3 e 5 de novembro, em Torres Vedras.

Esta cimeira teve como objetivo “compartilhar boas práticas cooperativas nacionais e internacionais, promovendo parcerias e cooperação com base nos princípios da Aliança Cooperativa Internacional”. Além disso, pretendeu debater novos modelos de organização para garantir a sustentabilidade ambiental, social e económica.

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Firmino Cordeiro, diretor geral da Associação dos Jovens Agricultores de Portugal (AJAP), a título de balanço do evento, saúda a organização e referiu “ser importante falar dos casos de sucesso, nomeadamente de Portugal e Brasil, de cooperativas, nas suas diferentes áreas. No entanto, relembrou que estamos a fazê-lo numa comunidade de países, CPLP - Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, “onde o movimento cooperativo está longe de ser perfeito”.

“Sendo certo que o desenvolvimento do setor agroalimentar é acompanhado pela evolução e adesão de uma boa parte dos agricultores ao modelo cooperativo, seria extremamente importante reforçar a sua implementação nos países onde ainda é insipiente e melhorar a capacidade destas estruturas, onde as cooperativas voltadas para este setor são ainda muito frágeis, isto é, com pouca participação, noutras atividades e poucos meios para implementar novos procedimentos, novas estratégias que possam ser úteis a cada um, e a todos os sócios”, disse.

Nesse sentido, Firmino Cordeiro apelou “à necessidade de mais intercooperação na CPLP, na disseminação de modelos cooperativos, na formação de dirigentes e na importância que esta realidade pode ter em todas as dimensões da vida dos agricultores e suas famílias, componente económica, ambiental e social”.

No pressuposto de atingir estes objetivos, o também diretor geral da Associação dos Jovens Agricultores de Portugal (AJAP) defende que “cabe muito a Portugal e ao Brasil, no contexto da CPLP, fazerem esse trabalho, de divulgação, formação e técnico à volta das vantagens destes modelos cooperativos em perfeita interação e articulação com os restantes países desta importante comunidade”.

Aponta que os primeiros esforços “vão no sentido de aumentar o grau de autoabastecimento alimentar em todos os países, e em simultâneo, ir preparando as estratégias para potenciar as culturas e produtos, onde cada país pode produzir com qualidade, e de forma sustentável para exportação”. “O Brasil é, sem dúvida, um gigante, ao nível da produção mundial e das commodities como por exemplo milho, soja, cana-de-açúcar e café, e Portugal, devido à sua integração na União Europeia (UE), é já um player interessante em tecnologia, inovação e organização dos produtores e na certificação de produtos de excelência como azeite, vinho, frutas, enchidos, compotas, queijos e hortícolas”, adiantou.

“É assim necessário acelerar estes procedimentos nesta comunidade de países, num contexto de alterações climáticas, de previsão de aumento significativo da população a nível mundial, e na escassez de recursos como água e solos em muitas geografias do planeta. Esta melhoria e aumentos da produtividade tão necessários nestes países, podem em parte ser sustentados por modelos de cooperativas agrícolas, de crédito, de ensino, de habitação, apoio social e outras”, acrescentou.

Por esta razão, sugeriu que devia haver, no futuro, uma rotatividade da cimeira entre os vários países, precisamente para todos poderem envolver-se neste trabalho, essencial e importante, no contexto da economia dos países que falam a língua portuguesa.

O presidente da Globalcoop partilhou ainda nesta cimeira algumas das preocupações que afetam atualmente os setores agrícola e agroalimentar em Portugal, à cabeça a escassez de água, um problema limitante de uma parte significativa da agricultura que hoje se pratica em sequeiro, muito associado às alterações climatéricas, e o facto de mesmo sendo um país pequeno, não temos impedido as migrações em larga escala de pessoas dos territórios rurais para os urbanos. E, por conseguinte, desertificando uns de vidas humanas e mais expostos aos incêndios rurais, e massificando os urbanos, com todos os problemas que uma e outra situação acarretam ao país, ao seu desenvolvimento e ao bem-estar das suas populações.

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