Chaparro Agrícola e Industrial, S.L.
Informação profissional para a agricultura portuguesa

Academia Agro em Moçambique arranca esta semana

22/04/2024

As AJAP Portugal e Moçambique e os parceiros promovem a Academia Agro em Moçambique. A primeira sessão começa já no dia 26 de abril.

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A Associação dos Jovens Agricultores de Portugal (AJAP), a AJAP – Moçambique, a Federação Nacional das Associações Agrárias de Moçambique (Fenagri) e seis empresas moçambicanas da área de distribuição de fatores de produção - Tecap, Bayer, Centrocar, Procampo, Nutagri e Husqvarna - firmaram, no dia 17 de abril, em Maputo, os alicerces da Academia-Agro, definindo os objetivos e a ambição da iniciativa, que visa promover formação profissional agrícola e capacitação.

Com uma componente prática muito forte, a preço baixo para todos os que queiram aderir às propostas da Academia Agro, a inscrição inclui um diploma de participação, subscrito pela AJAP e pela Fenagri, e um kit Agro com alguns utensílios, ferramentas, sementes e merchandising disponibilizado pelas empresas membro desta parceria.

Segundo a AJAP Portugal, esta iniciativa, que se vai iniciar em Maputo, pretende ser duradoura e atuar em todo o país. "A Academia é muito mais do que um projeto de formação e capacitação, vai ser uma escola de vida, com forte componente na prática real, objetivando melhorar a produtividade das explorações agrícolas e lançar novos jovens mais preparados e mais empoderados para esta atividade", divulga a Associação.

Os primeiros cursos começam nos próximos dias. O curso MC-Mulheres Camponesas, o nível mais básico da Academia Agro, começa dia 26 de abril, às 8:30 horas. Com o mesmo patamar de exigência, mas o dobro da carga horária, o BA - Base Agricultura começa dia 29 de abril.

Formação com uma componente prática muito forte

Com objetivos bastante diversificados a nível formativo, os promotores asseguram que a frequência de todas as ações (no âmbito das três fases descritas no documento base da parceria), confere aos formandos uma verdadeira “escola” de vida agrícola. Importa motivar e impulsionar os agricultores que frequentem as ações da Academia Agro, não só através de conhecimentos teóricos, como os conceitos de transformação e conservação de alimentos base, mas também da prática real e da importância de conhecimentos na área da nutrição humana. A AJAP pretende que os formandos possam, com o seu trabalho e opções, colmatar algumas dessas lacunas (quantidade e qualidade) de produtos (vegetais e animais) a produzir nas suas explorações, e com isso contribuir para o combate à fome e à desnutrição.

Outro objetivo é dinamizar a entrada de jovens neste importante setor pela ação do Curso Agricultor Emergente (CAE), no qual se irão explorar temas como a gestão das explorações, a análise de mercados, a política de preços e o uso de apoios na agricultora. As ações da primeira fase icluem os cursos Mulheres Camponesas (MC) e  Base Agricultura (BA).

A Academia-Agro integra três hierarquias de ações a desenvolver: o Nível-Básico comporta os cursos MC e o BA, (cursos muito elementares e semelhantes), sendo que o BA tem o dobro da carga horária do MC. A segunda fase Empreendedora-Específica, comporta as ações CAE, com 120 horas teóricas e  40 horas práticas no campo, e as ações Curso Específico (CE) compostas por 60 horas teóricas e 30 horas práticas.

A terceira fase incide sobre apoio direto no campo (Assistência Técnica), direcionada às machambas, nomeadamente às explorações já com alguma dimensão, e cujas necessidades a Academia Agro se propõe suprir, prestando serviços de acompanhamento técnico às explorações. Apoiar iniciativas empreendedoras nas áreas agrícola, pecuária, e outras atividades rurais é crucial no apoio a estes jovens empresários, divulga a AJAP: capacitação, elaboração de contas de cultura, estudos de viabilidade económica e apoio agronómico são fatores fundamentais nesta fase de arranque e consolidação dos projetos.

Uma das caraterísticas evolutivas na Academia Agro é o crescimento percentual da componente prática real das ações. Se na primeira fase é próxima de 25% da carga teórica (MC e BA), no curso CAE de segunda fase é de praticamente 35%. Nos cursos CE é de 50%, e na terceira fase todo o apoio é em contexto de prática real, direcionado ao produtor/exploração.

As empresas Parceiras são formadoras e contribuem para o Kit Agro

Os formadores serão técnicos das empresas que integram a parceria, sendo que, em algumas áreas específicas, serão convidados especialistas de Moçambique, ou até mesmo de Portugal, para capacitar, formar e partilhar conhecimentos e experiências com os formandos. 

De assinalar a experiência e know-how dos 41 anos de existência da AJAP em Portugal, com centenas de milhar de horas de formação ao longo de todo este percurso. Formação esta associada às exigências, conteúdos e práticas sustentáveis em vigor no contexto europeu, fruto dos desígnios da União Europeia (UE), assente nas medidas da Política Agrícola Comum (PAC), e garante da preparação dos coordenadores da ação e do apoio necessário aos formadores das empresas e formadores especialistas.

União agronómica da CPLP

A AJAP sempre teve, nos seus propósitos, uma concertação muito forte com os países da CPLP, nomeadamente com as associações congéneres de jovens agricultores, tendo inclusivamente colaborado para que muitas existam hoje. Esta sinergia entre todos estes países, que partilham uma língua comum e uma história, é essencial para fortalecer as relações económicas, agronómicas e de estágios entre Estados e cooperar em áreas decisivas para o desenvolvimento agrícola e rural.

Firmino Cordeiro sublinha que a componente Agro tem sido defendida pela AJAP, em torno de uma União Agronómica da CPLP mais forte, na difusão da informação, conhecimento, e intercâmbio através de estágios e dinâmicas empresariais partilhadas. O diretor-geral da AJAP recorda o caminho de Portugal no contexto da UE e a experiência obtida com a execução da PAC, desde a adesão de Portugal à atual UE, em 1986.

Moçambique o primeiro país da CPLP com este modelo de Academia

Sendo também a AJAP conhecedora da realidade de Moçambique, pelo trabalho que tem desenvolvido no país, Firmino Cordeiro assinala que boa parte da sua população é rural. Neste sentido, assegura que “têm de existir esforços muito grandes para que a formação, a capacitação, e o ensino agrícola sejam uma realidade cada vez mais forte e acessível a todos”.

Para Hernani Mussanhane, presidente da FENAGRI, a Academia Agro “é a realização do Plano Estratégico 2022-2024”. No que diz respeito à constante capacitação dos produtores e implementação do protocolo de cooperação entre a FENAGRI e a AJAP, o responsável espera que com estas formações "seja possível ter um maior domínio das técnicas agrárias e ver atualizadas as diferentes tecnologias disponíveis no mercado e, principalmente, o aumento da produtividade que tanto precisamos”. “Há que referir que estas formações são complementares às formações que a FENAGRI vem realizando desde o início do ano. Estamos muito satisfeitos por  dar continuidade a este trabalho de formação com esta parceria  com a AJAP”, concluiu.

A Academia Agro está aberta a todos os que se queiram juntar a este desígnio, nomeadamente outras empresas de fatores de produção, o Ministério da Agricultura e os seus organismos, ONGs, banca e outros doadores internacionais, com vista a disseminar os programas de apoio ao setor e a colaboração e apoio na logística inerente às ações da Academia.

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