De acordo com a edição do verão de 2025 do relatório sobre as perspetivas a curto prazo dos mercados agrícolas da UE, divulgada a 28 de julho pelo executivo comunitário, a produção de vinho deverá ficar 10% abaixo da média de cinco anos, com uma quebra anual de 5%, para um mínimo histórico de 20 anos (137 milhões de hectolitros) no período de 2024/2025. Estes resultados devem-se, segundo Bruxelas, a uma quebra de 25% da produção vinícola em França, de 11% na Alemanha e de 8% em Portugal, que os aumentos de 15% em Itália e de 10% em Espanha não compensam.
Também de acordo com a agência Lusa, a produção de azeite está a recuperar acentuadamente, com um aumento até junho de 37% que levou a uma baixa dos preços.
A inflação dos produtos alimentares na UE continua a ser superior à geral (3,1% contra 2,2% em maio), embora se observe alguma estabilidade – ou mesmo deflação – em algumas categorias de produtos alimentares. Apesar dos níveis historicamente elevados, os agricultores da UE registaram recentemente uma estabilização dos custos dos fatores de produção. O relatório projeta a descida dos preços do petróleo, embora as tensões no Médio Oriente possam afetar esta situação. As instabilidades geopolíticas, os desafios relacionados com o clima e a evolução das políticas comerciais dos principais atores mundiais, como os Estados Unidos e a China, constituem ameaças à estabilidade dos mercados mundiais e da UE, adverte Bruxelas.
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