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Informação profissional para a agricultura portuguesa

Boa parte do olival mundial não é transformável

Interempresas23/12/2020
A área de olival a nível mundial ascende a 11,5 milhões de hectares, distribuídos por 67 países.
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Na última década, a área de olival foi aumentando a um ritmo de 1% ao ano, mas em 2019 o setor olivícola sofreu um ponto de inflexão, visto que, pela primeira vez em vinte e dois anos, o crescimento foi negativo.
Passou-se de uma plantação anual de 150 000 hectares para não mais de 50 000 hectares.

São alguns dos resultados obtidos, fruto do recente trabalho de investigação, ainda em curso, que está a ser desenvolvido no âmbito da III Edição do Mestrado em Administração e Gestão de Empresas Olivícolas da Escola de Negócios Agroalimentares (ESNEA), com o apoio da Intercoop Consultoría e da Juan Vilar Consultores Estratégicos, dirigido pela catedrática María Jesús Hernández e Juan Vilar.

Atualmente, 87% da área de olival concentra-se em 9 países localizados na bacia do Mediterrâneo.
A maior parte consiste em olival tradicional. Não obstante, em Portugal, as plantações modernas representam 64% da área total (em copa e em sebe), os Estados Unidos e a Austrália não têm plantações tradicionais, a Argentina (40% em copa e 52% em sebe), o Chile (57,2% em sebe e 35,1% em copa) e Marrocos, que está a transformar olival tradicional em moderno e a realizar plantações de olival de alta densidade conta com 55% de olival em copa (45,7%) e em sebe (9,3%).
O problema que se coloca neste ponto, segundo o estudo, é que os países emergentes estão a realizar plantações de olival modernas, muito mais competitivas do que as tradicionais, e a produção, através do aumento da área e da transformação, evolui de forma mais rápida do que o consumo. Todos os anos se converte quase 1,5 por cento da área mundial de olival.
O setor está a sofrer uma transformação, sendo que 70% do olival é tradicional e produz 60% do azeite à escala global, ao passo que o olival moderno, com uma área de 30% produz 40%.

O olival tradicional representa 70% do total da área com 8 063 473 hectares, dos quais 3 705 648 hectares correspondem a olival tradicional não mecanizável (32,17% da área mundial) e 4 357 825 hectares são dedicados a olival tradicional mecanizável (37,83% do olival mundial).

Os restantes 30% são de olival moderno. O tamanho médio da parcela mundial é de 2,6 hectares, com um total de um pouco mais de 4,4 milhões de propriedades.

Quanto ao aumento da rentabilidade no olival tradicional não transformável, a via para a obtenção de rentabilidade é a diferenciação do produto final, segundo se destaca no estudo.

Não obstante, a referida estratégia é válida para qualquer tipologia de olival, sendo duplamente beneficiado o olival moderno, dado que seguindo a estratégia de liderança em custos e de diferenciação ocorre um aumento notável da rentabilidade das explorações olivícolas.

Uma solução adequada é a conversão do olival cultivado de forma convencional em ecológico, o que implica uma marca diferenciadora do azeite virgem extra obtido, obtendo-se desse modo um preço superior no mercado.

12% da área de olival no planeta, o que representa 1,4 milhões de hectares, corresponde a cultivo ecológico, olival ético, olival emotivo ou outro tipo de diferenciações, como é o cultivo biodinâmico, biorregenerativo, heroico, olivais vivos em prol da biodiversidade e, inclusivamente, de propriedades diferenciadas por razões históricas.

A superfície de olival ecológico atinge 1 382 352 hectares de olival, sendo a maior parte olival tradicional e uma reduzida porção de olival moderno.

A projeção futura do cultivo ecológico é de crescimento, tratando-se de cultivos respeitadores do ambiente e da biodiversidade, estando o diferencial no preço dos produtos orgânicos e sendo a procura cada vez mais exigente.

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