A Quiron é atualmente uma das únicas startups no mundo centrada nos algoritmos do setor florestal.
Depois de um 2020 com resultados que superaram as expectativas, os empreendedores da Quiron - startup incubada em Santa Catarina, Brasil - já tem muito que comemorar em 2021.
A empresa, especializada em monitorização remota de ameaças florestais, com base em inteligência artificial e utilizando tecnologias para previsão de incêndios e fitossanidade florestal, apostou €200mil na Anjos do Brasil, organização brasileira criada para fomentar o investimento e apoiar o empreendedorismo de inovação.
“Nós recebemos o contacto deles num dia e, dois dias depois, o pitch foi apresentado a mais de 80 investidores da Anjos do Brasil. Nessa sequência, mais de 30 investidores demonstraram interesse. Passamos por comissões internas que fizeram todo o processo de verificação, de preparação de negócios, avaliando todos os parâmetros da nossa empresa, que são levados em conta na hora de procurarmos um aporte financeiro. Se não fosse a Anjos do Brasil, com certeza não conseguiríamos chegar até aqui”, refere Diogo Machado, responsável pelos novos negócios da Quiron.
A tecnologia desenvolvida pela Quiron, via monitorização remota, permite mitigar perdas com ameaças florestais, como pragas, doenças e incêndios. Via algoritmos próprios e exclusivos, é possível analisar grandes extensões de terras e identificar áreas de ataque de pragas e doenças em povoamentos florestais e também identificar áreas com maior risco de ignição de incêndios florestais, com previsões semanais e com precisão acima das soluções existentes no mercado.
A empresa tem parcerias com players de todo o mundo para obter dados de satélites e nano satélites, colocando todas essas variáveis dentro dos seus modelos. Dessa forma, grandes empresas florestais, por exemplo, da fileira do sobreiro, pinho ou celulose, podem monitorizar as ameaças de uma forma totalmente remota, otimizando os recursos humanos e com tomada de decisão baseada em IA.
“Com esta escala de recursos, será possível estruturarmos melhor a nossa equipa de produção e pesquisa, o nosso setor de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) e expandirmos o nosso desenvolvimento de mercado para outros países”, vinca Gil Pletsch, Diretor Executivo da Quiron.
A Quiron já se encontra a desenvolver contactos comerciais em Portugal e tem em curso diversas negociações com empresas locais.
O foco da empresa é oferecer soluções de monitorização de pragas e doenças (Diagnosis) e de previsão de risco de incêndios (Flareless).
“Temos uma proposta de valor única, demonstrada pelo enorme o interesse dos municípios e empresas florestais que contactámos nestes últimos meses. A Quiron quer utilizar Portugal como porta de entrada para outros países da Europa, como Espanha, França, Alemanha e Finlândia”, adianta Hugo Almeida representante da empresa em Portugal.
A Quiron tem também o objetivo de assinar acordos de investigação com instituições de ensino de Portugal para desenvolvimento de novos produtos.
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