O elevado consumo de energia na atividade agrícola é uma das questões que mais preocupa os produtores. Portanto, a eficiência energética na agricultura e a redução de custos financeiros são os principais desafios do setor. Neste contexto, é cada vez mais importante aumentar os padrões de eficiência energética no que diz respeito aos processos de rega.
É importante analisar, verificar e saber se a água de que o cultivo precisa está realmente a ser bem aplicada e aumentar a importância de promover novos projetos de energias renováveis
O elevado consumo de energia na atividade agrícola é uma das questões que mais preocupa os produtores. Portanto, a eficiência energética na agricultura e a redução de custos financeiros são os principais desafios do setor
No setor agrícola, além dos custos de energia, verifica-se que há pouca eficiência nos processos de rega, devido ao fato dos sistemas de bombeamento não estarem bem projetados e, portanto, podem não estar a atingir os parâmetros ideais necessários.
Para atingir a eficiência energética é aconselhável considerar uma alteração do projecto dos sistemas, avaliar os requisitos exigidos pelos cultivos em termos de água, e com base nisso projetar qual a melhor bomba, ou se, por exemplo, é necessária a instalação de variadores de frequência que permita a adaptação de determinado funcionamento do equipamento.
Portanto, entendendo que um sistema de rega tecnificado é eficiente, mas consome uma boa quantidade de energia, o que se poderia fazer, principalmente, para reduzir esse consumo de energia?
Quando se trata de um sistema de rega tecnificado, entende-se que existe um projeto que se ajusta adequadamente às necessidades dos cultivos, de quanta água requerem, em que tempo e com que frequência. A recomendação é analisar, verificar e garantir que a água que o cultivo realmente precisa está a ser aplicada.
Algo muito importante é mudar, por exemplo, bombas obsoletas ou sistemas de bombeamento antigos para bombas com motores de alta eficiência. Isto terá um impacto positivo na eficiência energética, e mais ainda, quando os variadores de frequência estiverem presentes dentro desse sistema. No entanto, também é necessário garantir que as condições de trabalho e operação desse motor sejam eficientes e assegurem os resultados.
Conseguir poupar na energia dependerá da eficiência do equipamento, de como a operação é controlada e do tipo de projeto do sistema de rega. Conforme mencionado anteriormente, não basta ter um sistema tecnificado se este estiver a funcionar de forma pouco eficiente e sem considerar outros fatores para uma correta operação.
Atualmente já se sabe quais são as melhores horas para se preferir a rega e, em termos de necessidades de cultivo e condições ambientais, também é possível determinar a quantidade de água necessária.
Mais além dos setores, as medidas dependerão dos sistemas consumidores que se tenham em determinados processos. O importante é identificar onde estão os principais consumos e gerir essas informações, ou seja, identificar quais são os sistemas que mais consomem energia e sobre isso tentar perceber onde há mais oportunidades de melhoria. Desta forma, é possível atuar e priorizar a implementação de medidas de eficiência energética.
Atualmente já se sabe quais são as melhores horas para se preferir a rega e, em termos de necessidades de cultivo e condições ambientais. Foto: Interreg Agrores.
A competitividade sempre se dará através da eficiência energética. Porém, a geração de energia com base em fontes limpas pode gerar impacto na imagem ou atribuir valor ao produto final.
A curto prazo, será sempre mais barato consumir energia da rede, já que atualmente um sistema fotovoltaico se paga em mais de oito anos. Mas se pensar além da parte financeira e considerar os pilares ambientais e sociais da sustentabilidade, há benefícios que se traduzem em valor acrescentado.
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