Eurodeputado Nuno Melo reclama apoios extraordinários para os agricultores portugueses
Redação Agriterra28/04/2022
O eurodeputado questionou a Comissão Europeia relativamente à possibilidade de transferências de verbas do 2º para 1º Pilar da PAC, no âmbito do atual contexto de guerra que se vive na Europa, que coloca ainda maior pressão ao já debilitado setor agrícola português.
Nuno Melo recorda que os dois anos de pandemia e o último ano marcado por uma das mais severas secas das últimas décadas em Portugal, foram responsáveis por avultados prejuízos aos agricultores portugueses.
O eurodeputado do CDS-PP assinala ainda a disparidade do valor das ajudas concedidas aos agricultores da UE, que demonstram que os agricultores portugueses são os que menos apoios recebem na União Europeia, a par de países como Estónia, Letónia e Lituânia.
“O contexto de guerra na Ucrânia colocou ainda mais pressão ao já debilitado setor agrícola português. O agravamento da inflação com o aumento exponencial dos preços da energia e de alguns produtos agrícolas reacendeu o debate da independência energética e alimentar”, vincou Nuno Melo.
Para períodos excecionais, considera Nuno Melo, “são necessárias medidas excecionais”. Assim, o deputado europeu colocou três questões a Bruxelas:
- Mediante o cenário descrito, pondera a CE conceder a Portugal a possibilidade de transferências de verbas do 2º para o 1º pilar, de forma a minimizar as perdas e a nivelar os apoios aos agricultores portugueses?
- Que percentagem seria passível de atribuição, atendendo à recuperação económica da pandemia, do período de seca extrema e do contexto de guerra que atravessamos?
- Em que circunstância seria possível autorizar a transferência de 20% do 2º para o 1º pilar?
Nuno Melo, durante a visita à Ovibeja 2022. Foto: Isabel Santiago.