Francesco Farabullini1
1Agrauxine Regional Technical Manager – Mediterranean Area – f.farabullini@agrauxine.lesaffre.com
13/07/2022Desenvolvido pela Agrauxine by Lesaffre, Romeo® é uma solução de biocontrol preventivo à base de Cerevisane®, uma fração inerte derivada de uma levedura de panificação. Podendo ser utilizado na vinha, na horticultura e pequenos frutos, o Romeo ativa o metabolismo das defesas da planta, preparando-a para reagir aos ataques de míldio, oídio e podridão cinzenta. Romeo é um produto de baixo risco, isento de resíduos, que pode ser usado sozinho ou em mistura com outros produtos fitofarmacêuticos, compatível com os requisitos e princípios da agricultura biológica.
Graças ao profundo conhecimento da Lesaffre na indústria de leveduras, a Agrauxine selecionou uma estirpe específica de Saccharomyces cerevisiae, chamada LAS117, que concentra todas as moléculas ativas, capazes de mimetizar a presença de um fungo patogénico na planta.
Um processo seletivo de extração permite separar a parede celular de seu citoplasma. Após uma etapa de secagem controlada, obtém-se uma substância ativa não viva: Cerevisane, substância ativa do Romeo, um produto em Pó Molhavel, fácil de ser manuseado e solúvel em água.
Aplicado preventivamente, o Romeo simula o ataque de um fungo patogénico e produz reações de defesa física e bioquímica no interior da planta que é capaz de aumentar a sua resistência a futuros ataques patogénicos em folhas e frutos.
Muitas moléculas de defesa são produzidas no interior das células vegetais, as suas paredes tornam-se mais fortes, criando uma barreira física protetora e o tecido vegetal agora é inóspito para patógenos.
Além dessa reação, a planta fica alerta para produzir outras duas vias de proteção muito importantes, que terão início quando ocorrer um ataque patogénico real: a produção local de peróxido de hidrogénio - para eliminar ativamente o patógeno, e a acumulação de calose ao nível dos estômas - para fechar as entradas usadas pelos fungos para colonizar o tecido da planta.
Desta forma, ativando as defesas bioquímicas e físicas naturais da planta, Romeo prepara-a para reagir a futuros ataques de míldio (Plasmopara viticola), oídio (Erysiphe necator) e podridão cinzenta (Botrytis cinerea), responsáveis pelas principais doenças à colheita.
Romeo é aplicado via pulverização foliar, de forma preventiva, antes de ocorrerem as infeções patogénicas. Os mecanismos de defesa da planta são ativados desde as primeiras horas da aplicação, sendo que a resposta máxima se verifica 24 horas após a aplicação do Romeo.
Este modo de ação específico exige aplicações preventivas para obter os melhores resultados. Romeo é utilizado simples ou em mistura com fungicidas, de acordo com o desenvolvimento da doença, a 250 g/ha em vinha. O intervalo de aplicação, entre 7 e 10 dias, integra perfeitamente as estratégias de proteção em agricultura biológica e e proteção integada. Somente em vinha é importante aplicar o produto em blocos no máximo de 4 aplicações, para evitar superestimular a planta. É possível aplicar mais de um bloco durante o ciclo vegetativo, tendo o cuidado de manter um intervalo de pelo menos 14 dias entre blocos.
Para as restantes culturas o produto pode ser aplicado repetidamente sem necessidade de recorrer à estratégia dos blocos, conforme rótulo.
Baseado numa substância ativa inerte derivada de um microrganismo, Romeo é fácil de ser armazenado e misturado com outros produtos fitofarmacêuticos, orgânicos e sintéticos. Graças ao seu modo de ação inovador, Romeo pode ser misturado com outros produtos, como cobre e enxofre, ou outros fungicidas, permitindo aumentar a eficácia do programa de defesa, reduzir a dose do fungicida ou permitir uma proteção na fase final da cultura sem qualquer entrada de resíduos.
Quando usado com um fungicida completa a sua capacidade de proteção, construindo um segundo nível de defesa a partir do interior da planta, limitando fortemente o desenvolvimento de fungos. Foi reconhecida como uma substância de baixo risco.
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