Os controladores de nivel
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Amendoal superintensivo: tratamentos para elevar a árvore a um nível de produção máximo

Ensaio realizado em Ejea de los Caballeros, Saragoça, Espanha, em 2021

Artigo da autoria de Javier Puchades Arce - Seipasa

20/07/2022
O amendoal superintensivo está a ganhar terreno devido à atrativa rentabilidade do cultivo e pelos avanços tecnológicos que o tornaram numa alternativa sólida dentro da indústria agrícola. Este sistema, que submete as árvores a altas exigências logo a partir do momento em que entram em produção (a partir do terceiro ano), requer tratamentos que auxiliem a árvore a responder a este ambiente de exigência máxima.
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Radisei é um bioestimulante da Seipasa particularmente indicado para aplicação em amendoal superintensivo: estimula um maior desenvolvimento do sistema radicular, otimiza a absorção de nutrientes essenciais e favorece um ótimo arranque da cultura e uma produção final de alta qualidade.
Em Portugal verificamos o maior índice/taxa de crescimento de área e de produção da Europa. Começa a surgir mercado industrial relacionado com a amêndoa (por exemplo pasta de amêndoa). Portugal é o terceiro maior produtor de amêndoa da Europa. Parte deste crescimento é explicado pela introdução de produção intensiva, investimentos atraídos pelas condições climáticas vantajosas de Portugal e pela rentabilidade das explorações.
Nos últimos 30 anos a precipitação em Portugal reduziu 15%, o que prejudica as condições de produção em sequeiro, mais motivando a transição para produção intensiva.

O que é o sistema superintensivo?

Diante desta realidade, o amendoal superintensivo apresenta um sistema com maior número de plantas por hectare e árvores menores. O rápido desenvolvimento tecnológico dos últimos anos possibilitou a aplicação de alto grau de tecnologia à cultura, o que se traduz em maior agilidade no trabalho e notável redução de custo de mão de obra.
A chave para o sistema superintensivo é a quantidade de produção ou colheita. Com a menor distância de plantação entre árvores, maior densidade de plantas por hectare, consegue-se uma antecipação da entrada em produção (no terceiro ano) em relação às plantações tradicionais de amendoeiras (onde seria a partir do quinto ano).

Nos primeiros anos de uma plantação é fundamental garantir a correta formação da árvore. É importante obter uma copa aberta que permita o arejamento e entrada do sol, pois além de diminuir a possibilidade de aparecimento de doenças, conseguiremos uma melhor qualidade no amadurecimento dos frutos.

Se nos focarmos nos tratamentos, o bioestimulante Radisei apresenta-se como uma alternativa ideal para aplicação em sistemas superintensivos de amendoeiras. Radisei é um bioestimulante radicular desenvolvido a partir de uma estirpe exclusiva de Bacillus subtilis. Esta bactéria promotora de crescimento (PGPR) melhora a arquitetura do sistema radicular através do crescimento de novas raízes e pêlos absorventes que ajudam a planta a aproveitar melhor os recursos do solo.

A sua aplicação permite o desbloqueio de micro e macronutrientes essenciais no solo, o que ajuda a árvore a absorvê-los e assimilá-los de maneira muito melhor e mais eficiente.

Melhoria da produção em sistemas superintensivos

Em sistemas superintensivos, a aplicação do Radisei traz benefícios em todo o processo de desenvolvimento da árvore. Em plantações com menos de um ano o Radisei facilita o estabelecimento da cultura: alcançamos um percentual maior de árvores que sobrevivem após o transplante e, portanto, não precisam de ser substituídas.

Os benefícios em árvores mais desenvolvidas (entre o primeiro e o terceiro ano) serão observados no vigor da planta, muito mais bem formada, com uma melhor arquitetura e um desenvolvimento vegetativo mais equilibrado dentro daquela parede produtiva que formará a árvore, e que nos permitirá produzir com mais eficiência.

Finalmente, para aquelas árvores que já entraram em produção, a aplicação de Radisei traduz-se em maiores rendimentos de produção.

Precisamente se atentarmos na produção, os resultados do ensaio técnico detalhado no gráfico 1 mostram o efeito de Radisei sobre este parâmetro. As parcelas tratadas com Radisei aumentaram a produção em 9% (+519kg) comparativamente ao controlo. No tratamento descrito realizaram-se 3 aplicações condicentes com o final da campanha anterior (para acumulação de reservas por parte da árvore), brotação e engorde do fruto.
Gráfico 1. Produção de amêndoa por hectare (kg/ha)
Gráfico 1. Produção de amêndoa por hectare (kg/ha).
O gráfico 2 revela que a aplicação de Radisei mantém estes aumentos de produção não só na amêndoa com casca, mas também no miolo (produção efetiva). Assim, observamos um aumento na produção de 8.7% nas parcelas tratadas com Radisei comparado a 2.5% na parcela tratada com a referência biológica.
Gráfico 2. Produção de amêndoa - miolo (kg/ha)
Gráfico 2. Produção de amêndoa - miolo (kg/ha).
O gráfico 3 mostra que as parcelas do ensaio tratadas com Radisei apresentam um melhor desenvolvimento vegetativo em relação à referência biológica e à testemunha, pois praticamente 100% das parcelas possuem árvores com um nível de desenvolvimento ótimo. Por outras palavras, com Radisei melhoramos a arquitetura, o desenvolvimento e o número de raízes no solo, algo que, transferido para a parte aérea da árvore se traduz em maior desenvolvimento vegetativo, brotação e vigor.
Gráfico 3. Efeito do Radisei no desenvolvimento vegetativo
Gráfico 3. Efeito do Radisei no desenvolvimento vegetativo.
Os dados revelam a implementação progressiva de sistemas que visam gerar maior rentabilidade da amendoeira.

Neste cenário, o desenho da estratégia, a tecnologia de produção e a escolha dos tratamentos são fundamentais, pois qualquer erro pode arruinar os objetivos de rentabilidade estabelecidos. Como vimos, o uso e aplicação de tratamentos bioestimulantes adequados à estratégia superintensiva parece decisivo para acompanhar a árvore ao longo desse processo de máxima exigência de produção.

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