A vinha (Vitis vinifera L.) é uma das principais culturas agrícolas em Portugal. O Oídio da videira, causado pelo Erysiphe necator ocorre em todo o mundo e é uma das principais doenças criptogâmicas da cultura.
Entre as variedades de uva mais utilizadas no nosso País, existem umas mais suscetíveis ao fungo que outras, sendo uma das menos tolerantes a variedade Carignan, uma casta tinta de origem francesa.
Das variedades nacionais, as mais suscetíveis são no caso das tintas, Aragonez (Tinta Roriz), Castelão e Tinta Barroca. Nas variedades brancas temos como menos tolerantes a casta Alvarinho, Antão Vaz, Bical e Fernão Pires (Maria Gomes).
O fungo causador do oídio conserva-se de um ano para o outro, principalmente sob a forma de filamentos miceliais entre as escamas dos gomos e ainda que menos vezes, sob a forma de peritecas, na face inferior das folhas ou nos sarmentos. O fungo desenvolve um micélio sobre os tecidos verdes (folhas, pâmpanos e cachos) e penetra nas células epidérmicas através dos haustórios que absorvem os nutrientes das células.
Na primavera, quando as condições climáticas são favoráveis, o fungo inicia o seu desenvolvimento, dando origem às infeções primárias. Estas infeções primárias podem ser provenientes da forma assexuada, isto é, do micélio hibernante nos gomos.
Consideram-se os estados fenológicos mais suscetíveis ao oídio, o estado BBCH 51 - cachos visíveis e BBCH 55 a 81 - da pré-floração ao pintor.
Ao contrário do míldio, não é necessária a ocorrência de precipitação para desenvolvimento dos conídios, pelo contrário, a presença da chuva pode inclusive lavar e impedi-los de germinar.
A luz direta é inconveniente, sendo que o oídio é favorecido nas zonas de deficiente arejamento e onde é difícil a entrada de luz.
O fungo pode atacar qualquer órgão verde da planta e a gravidade do ataque depende do momento em que acontece a infeção. Na Primavera, começa na fase de abrolhamento, com o desenvolvimento dos filamentos do fungo contidos nos gomos a contaminarem os órgãos verdes. Observa-se então um leve frisado nos bordos das folhas e a formação de manchas espalhadas de tom cinzento pálido. Ao longo do ciclo vegetativo, o aspeto encarquilhado e entumescido das folhas acentua-se, os bordos levantam-se e encarquilham em forma de “telha”, enquanto uma poeira cinzenta esbranquiçada invade todo o limbo. Nos sarmentos forma-se a mesma poeira acizentada. As flores podem igualmente ser contaminadas e depois secar e cair. Os bagos, por seu lado, cobrem-se de poeira esbranquiçada, a película endurece, fendilha e acaba por estalar. No outono e durante o inverno, podem observar-se manchas escuras nas varas.
Por outro lado, os ataques localizados de Oídio, para além de potenciar o aparecimento de podridão cinzenta, causada pelo fungo Botrytis cinerea, são responsáveis por desencadear uma diminuição importante, quer do potencial produtivo, pela perda de peso e rendimento, devido à percentagem de bagos mais pequenos e redução do seu número por cacho (Calonnec et al, 2001; Gadoury et al, 2001), quer um efeito depressivo no potencial qualitativo dos vinhos, na acumulação de açúcar, na acidez e na intensidade da cor (Collet, 1999; Gadoury et al, 2001).
A Ascenza possui no seu portfolio um conjunto de soluções para o controlo do oídio, entre elas:
Estas soluções integram uma estratégia concebida para um controlo eficaz e duradouro do oídio.
www.agriterra.pt
Agriterra - Informação profissional para a agricultura portuguesa