A Federação Nacional de Regantes de Portugal (Fenareg) reuniu a 9 de setembro com o Secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, Rui Martinho, e expos as preocupações das associações de regantes com o aumento exponencial do preço da energia elétrica, que está a ter grande impacto nos custos de distribuição da água à agricultura.
A Federação tem vindo a reivindicar junto do Governo medidas que promovam a sustentabilidade energética do regadio, nomeadamente:
As associações de regantes, que gerem 40% da área de regadio em Portugal, também manifestaram muita preocupação com a intenção de aplicação de uma Taxa de Beneficiação nos Aproveitamentos Hidroagrícolas. Esta taxa, incidindo sobre as obras futuras, mas também com efeitos retroativos, irá trazer um aumento das despesas do regadio coletivo e consequentemente dos agricultores, situação incomportável no período crítico que atravessamos.
“A agricultura de regadio é um setor estratégico para a soberania alimentar do nosso país e não pode ficar para trás num momento em que o Governo anuncia um pacote de medidas de 1,4 mil milhões de euros para ajudar as empresas a enfrentar o aumento dos custos da energia”, afirma José Nuncio, presidente da FENAREG.
“As taxas e sobretaxas que pesam sobre os regantes devem ser aliviadas e implementados os tão necessários apoios públicos à modernização do regadio coletivo, visando um uso eficiente da água e da energia e a descarbonização da agricultura”, conclui.
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