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The Future of Farming: levar a tecnologia a mais agricultores

05/01/2023
O projeto 'The Future of Farming', co-financiado pela União Europeia, visa disseminar o uso de sondas no âmbito da agricultura de precisão junto dos agricultores. Joelle van den Brand, co-fundadora da AguroTech, promotora do projeto The Future of Farming, fala sobre os objetivos e da participação de Portugal, através da Anpromis.
Joelle van den Brand, co-fundadora da AguroTech, promotora do projeto The Future of Farming

Joelle van den Brand, co-fundadora da AguroTech, promotora do projeto The Future of Farming.

Qual a importância do projeto The Future of Farming e qual o seu objetivo?

O projeto ‘The Future of Farming’ é o maior projeto a envolver a tecnologia das sondas de humidade baseado em dados alguma vez realizado na agricultura. O objetivo do projeto é estimular o uso de tecnologia que permita aos agricultores reduzir o uso de água, fertilizantes e pesticidas, mantendo ou melhorando a sua produtividade na União Europeia.

A escassez de água e as secas são um fenómeno cada vez mais frequente e generalizado em todo o mundo e estão a tornar-se mais comuns na União Europeia (UE). A crescente escassez de água pode ter efeitos desestabilizadores em países e regiões. Na UE, a agricultura representa 31% do consumo total de água e, em muitos países, é altamente dependente de rega, que deverá aumentar com o aumento do aquecimento global. A água é o fator de produtividade mais importante na agricultura e a escassez de água complica significativamente a agricultura e ameaça o acesso da UE aos alimentos no futuro. Espera-se que a agricultura de precisão contribua significativamente para combater a escassez de água e, ao mesmo tempo, otimizar a produtividade. Atualmente, a maioria dos agricultores na UE não usa a tecnologia de medição para determinar os horários, quantidades e áreas ideais para regar o campo. Isso muitas vezes leva ao uso desnecessário de água e rega insuficiente ou excessiva e perda de produtividade. O principal objetivo do projeto é preparar o setor agrícola para um agravamento da seca e escassez de água, otimizando o uso da água por meio da tecnologia e da agricultura de precisão. Um segundo objetivo é permitir que os agricultores preparem o seu modelo de negócio para o futuro, aumentando o lucro e permitindo práticas agrícolas mais sustentáveis.

Quantos agricultores vão estar envolvidos e de que países?

No âmbito deste projeto, vamos instalar 450 sondas que serão utilizadas por 150 agricultores com modelos de cultivo e solo baseados nas mais recentes descobertas científicas em diferentes países europeus durante a temporada agrícola de 2023. Outros 150 agricultores vão integrar um grupo de controlo do projeto, o que leva a um total de 300 agricultores envolvidos no projeto. Os seis países europeus selecionados para o projeto são os que mais utilizam água para fins agrícolas - Espanha, França, Grécia, Itália, Portugal e Roménia juntos representam mais de 90% do uso total de água na UE para fins agrícolas. Vamos incentivar ao máximo a adoção desta tecnologia após o fim do projeto, para que haja resultados efetivos no que respeita à gestão da água e controlo dos efeitos da seca.

Qual a informação que vai ser recolhida e de que forma será aplicada?

As sondas realizarão medições em várias profundidades e medirão a humidade do solo, a condutividade elétrica e a temperatura durante toda a campanha agrícola. As medições são realizadas a cada seis minutos. Os agricultores participantes vão partilhar os dados históricos sobre uso de água, os custos com a rega e o uso de fertilizantes e herbicidas. O objetivo do projeto é rastrear as melhorias na economia da água, na redução de custos, na redução da aplicação de fertilizantes, na redução do uso de herbicidas e ganhos de produtividade.

Porquê a escolha de Portugal e da ANPROMIS para integrar a lista de participantes?

A ANPROMIS – Associação Nacional dos Produtores de Milho e Sorgo representa 65 mil produtores de milho e sorgo. Além disso, a ANPROMIS é membro da CEPM, a organização que defende os interesses dos produtores de milho e das suas cadeias de valor a nível europeu. Os 10 países que compõem a CEPM representam quase a totalidade da área de produção de milho da UE, que totaliza 15 milhões de hectares. A Anpromis é uma força motriz para os produtores de milho e sorgo usarem as tecnologias e para se adaptarem às mudanças climáticas e desempenha um papel ativo na consolidação e disseminação da inovação junto dos agricultores portugueses. Acreditamos que a Anpromis valoriza este projeto, partilhando a sua experiência e contribuído com a sua grande capacidade mobilizadora.

No XIV Congresso Nacional do Milho, que decorre nos dias 15 e 16 de fevereiro, o projeto 'The Future of Farming' vai marcar presença? Como será esta participação?

A presença no Congresso da ANPROMIS tem como objetivo divulgar e dar mais informação sobre o projeto 'The Future of Farming'. Deste modo, através da nossa participação neste importante evento que vai reunir em Santarém, mais de 700 participantes, esperamos contribuir para a necessária adoção de diferentes formas de trabalhar que permita aos agricultores europeus estarem mais preparados para enfrentar os crescentes efeitos das alterações climáticas.

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