Chaparro Agrícola e Industrial, S.L.
Informação profissional para a agricultura portuguesa
“As castas resistentes serão uma ferramenta muito útil para o desenvolvimento da viticultura sustentável”

Entrevista a Gerardo Brox, responsável de vinha na Agromillora

Alejandro de Vega28/01/2024

A realização, em Ourense, do II Congresso de Viticultura Sustentável organizado pela publicação técnica Olint e Jornadas Interempresas destacará a importância da investigação e das novas tecnologias para fazer frente aos desafios colocados pelas alterações climáticas, pela regulamentação europeia em matéria de sustentabilidade e pelas novas tendências do consumo de vinho.

Gerardo Brox

Gerardo Brox.

Quais são os principais temas que serão abordados no II Congresso de Viticultura Sustentável que se realiza a 1 de fevereiro em Ourense?

A evolução para modelos sustentáveis está a marcar a viticultura mundial. Este congresso pretende ser um cenário com os principais atores, adegas e DO do setor para abordar, a partir de diferentes perspetivas, temas tão relevantes como as chaves da nova genética, as castas resistentes a doenças, o impacto das alterações climáticas, a digitalização na vinha e muito mais.

Além disso, pretende ser um espaço de networking e de oficinas práticas com 3 delas destinadas a: prova de 8 vinhos comerciais e 8 vinhos experimentais para conhecer as características de algumas castas resistentes ao míldio e ao oídio, bem como de vinhos elaborados com elas em diferentes condições edafoclimáticas; uma oficina focada na conceção da rega e fertirrigação sustentáveis; e uma sessão sobre a tecnologia desenvolvida na previsão de doenças e eficiência nas aplicações.

Que desafios destacaria no que respeita à sustentabilidade da vinha em Espanha?

Em Espanha, o setor vitivinícola enfrenta vários desafios relacionados com a sustentabilidade. Alguns dos desafios mais proeminentes incluem a adaptação às alterações climáticas, a eficiência na utilização da água, a proteção das plantas contra pragas e doenças, a digitalização e o conhecimento de novas castas.

Com que ferramentas é que o setor conta para enfrentar estes desafios?

Para mencionar as que me parecem mais importantes e que são uma realidade aplicável, o setor conta com novas tecnologias de rega, digitalização e modelos preditivos de doenças e melhoria genética em novas castas e porta-enxertos.

A vinha está-se a “digitalizar” a uma velocidade superior à de outros subsetores da agricultura?

Não se pode generalizar, embora seja verdade que desde há muitos anos diferentes linhas de I+D desenvolveram numerosas tecnologias por meio da digitalização que já estão implementadas em quase todos os territórios, apesar de ainda haver um longo caminho a percorrer, sobretudo no que diz respeito à adoção destas por parte dos viticultores.

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Em que medida se avançou na melhoria genética da videira e que papel vão desempenhar as novas castas resistentes na viticultura do futuro?

A melhoria genética da videira sempre esteve ativa, sobretudo através de programas de seleção clonal de castas. Desde há algum tempo, surgiram também diferentes programas em todo o mundo com o objetivo de desenvolver castas resistentes a doenças, como por exemplo, o da Universidade de Udine, cujo parceiro multiplicador exclusivo é a VCR-Agromillora, sendo que as mesmas, em breve, serão registadas em Espanha, após terem sido avaliadas durante anos em centros como o NEIKER, o INCAVI, o INTIA e o ITACyL.

Paralelamente, como sempre apostámos na investigação como principal alavanca de desenvolvimento, estamos também a desenvolver um programa próprio de castas resistentes com castas espanholas de diferentes regiões como parentais nobres, que serão, sem dúvida, uma ferramenta muito útil para o desenvolvimento da viticultura sustentável, uma vez que permitirão ao viticultor poupar nos custos em tratamentos, com o consequente respeito ambiental e a redução da pegada de carbono, ao mesmo tempo que serão obtidos vinhos de qualidade, permitindo assim a fixação de população nos territórios vitícolas.

Por outro lado, também a par da melhoria genética, o desenvolvimento de novos porta-enxertos melhor adaptados a condições de seca e salinidade contribuirá igualmente para uma maior eficiência da produção, como é o caso da série M (M1, M2, M3 e M4) da Universidade de Milão.

A Agromillora é especializada não só em vinha, mas também noutras culturas lenhosas, como o amendoal ou o olival, em sistemas intensivos. De que vai depender o crescimento deste tipo de culturas para se manter estável nos próximos anos? Que impacto têm atualmente estas alternativas na rentabilidade das explorações agrícolas?

O crescimento sustentado das culturas lenhosas, como o amendoal e o olival, dependerá de vários fatores, incluindo a procura do mercado e as condições climáticas. A Agromillora continua empenhada em disponibilizar tecnologias e conhecimentos que aumentem a rentabilidade destas alternativas. A diversificação das culturas pode proporcionar benefícios económicos e ambientais às explorações agrícolas.

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