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Revista Agriterra foi media partner do Simpósio

Alfarroba e castanha: Governo reconhece que é preciso apoiar culturas

Ana Clara18/11/2022

A necessidade de apoiar as culturas da castanha e da alfarroba é essencial. Quem o garantiu foi o secretário de Estado da Agricultura, Rui Martinho, na sessão de encerramento do III Simpósio Nacional dos Frutos Secos, que decorreu na DRAP Algarve, em Faro, entre 14 e 16 de novembro.

Alfarroba está a revelar um crescimento assinalável no Algarve, dizem os agentes do setor
Alfarroba está a revelar um crescimento assinalável no Algarve, dizem os agentes do setor.

Na sua intervenção, o secretário de Estado considerou que este III Simpósio demonstrou “um caráter essencial”, que fortalece “o valor ao longo de toda a fileira, com inovação, e que contribui para cadeias mais competitivas e sustentáveis”.

Para Rui Martinho, os números da evolução deste setor “são notáveis”, quer em termos de criação de valor, quer de aumento de algumas áreas de culturas e de produção.

“Este é um sistema rico, que junta os sistemas tradicionais, mas também algumas culturas intensivas, com sistemas mais produtivos, tirando proveito de todo o potencial que existe, nomeadamente no regadio. Temos o exemplo da amêndoa, com uma evolução extraordinária ao longo dos últimos tempos, quer em termos de área, quer de quantidade produzida. Mas também temos casos de culturas mais tradicionais, como a castanha e a alfarroba, e que têm revelado uma valorização crescente desta atividade e um aumento significativo das nossas exportações”, afirmou.

O governante relembrou que, em 2021, a alfarroba exportou mais de 50 milhões de euros de produtos e a amêndoa também mais de 50 milhões. A castanha, apesar de menos, atingiu um valor próximo dos 30 milhões.
Culturas, referiu Rui Martinho, que “têm uma enorme expressão na valorização dos territórios, nalguns casos em que as oportunidades não abundam”.

No caso das culturas da castanha e da alfarroba, vincou, “são ambas muito importantes para as regiões onde são produzidas, mas são também culturas que têm uma enorme importância para a gastronomia e tradições locais e, nesse sentido, têm de ter, da parte do Ministério da Agricultura, uma particular atenção, no sentido de preservar e valorizar estes sistemas de produção”.

Quanto à castanha, “sabemos que tem sido confrontada, ao longo dos últimos anos, com um conjunto de problemas que têm condicionado os volumes de produção e a viabilidade da cultura, como as pragas e doenças, são uma grande fonte de preocupação, e que o Ministério da Agricultura, através da Direção Geral de Alimentação e Veterinária, tem dado uma particular atenção. Temos de continuar com as estratégias de controlo e reforçar o seu apoio”, insistiu Rui Martinho.

O governante reforçou que as duas culturas justificam este apoio especial, porque são culturas adequadas às condições particulares das regiões produtoras e têm um grande potencial na criação de valor.

“Essa é uma das razões para o Aviso aberto no apoio ao aumento da área destas culturas, nomeadamente, as tradicionais, mas em particular da alfarroba e da castanha, e que julgamos que dá resposta às necessidades existentes”, assegurou.

Rui Martinho disse ainda que a tutela não tem dúvidas que, pese embora a relevância particular destas culturas, “todo o conjunto dos frutos secos tem uma enorme importância na nossa economia e nos nossos territórios. E estamos empenhados em que assim seja, nomeadamente, na promoção dos apoios que atribuímos a estas ajudas”.

Rui Martinho, secretário de Estado da Agricultura, na sessão de encerramento do Simpósio Nacional de Frutos Secos
Rui Martinho, secretário de Estado da Agricultura, na sessão de encerramento do Simpósio Nacional de Frutos Secos.

Assim, o PEPAC irá dar continuidade a algumas das políticas existentes nesta matéria, seja ao nível do apoio ao investimento, seja no apoio às medidas de controlo e combate a algumas doenças e pragas que afetam as regiões de produção destas culturas.

Contudo, o governante avisou que é preciso encontrar, no âmbito do PEPAC, formas de apoiar e de consolidar novas formas de organização da produção e da criação de valor, “que permitam destacar ainda mais estas culturas sustentáveis, com enorme potencial, particularmente adaptadas aos modos de produção biológica, e que nos ajudarão a alcançar as metas com as quais estamos comprometidos no quadro europeu, nomeadamente com a meta dos 25% em modo de produção biológica”.

A inovação, afirmou Rui Martinho, continuará a ser essencial. Para tal, “temos de apostar na colaboração multidisciplinar e interinstitucional, envolvendo o Ensino Superior, a investigação, os agentes do território, as empresas, mas também os órgãos da administração pública”.

Pedro Reis, Presidente da Sociedade de Ciências Agrárias de Portugal (SCAP), organizador do evento juntamente com o CNCFS, realçou a importância dos temas debatidos nos três dias da iniciativa e das comunicações, quase 40, em sessão e em painel.

Realçou a diversidade de instituições, de Portugal e Espanha, que participaram no certame, e que revela bem a necessidade e atenção que é dada ao tema dos frutos secos na sua transversalidade.
Pedro Reis disse ainda, na sua intervenção, que a razão pela qual o evento se realizou no Algarve, foi precisamente também para “impulsionar a cultura da alfarroba”, que tem crescido nos últimos anos. Além disso, “e tal como ficou patente ao logo de todo o Simpósio, é essencial dar importância à qualidade e à pós-colheita, bem como aos pequenos produtores”, entre outras matérias.
Pedro Reis, Presidente da Sociedade de Ciências Agrárias de Portugal
Pedro Reis, Presidente da Sociedade de Ciências Agrárias de Portugal.

O responsável lembrou também a importância da ciência e da investigação e apelou para que se possa olhar mais no futuro para a cadeia de valor e para as questões locais.

Eduardo Esteves, Pró-Reitor da Universidade do Algarve, destacou a importância deste Simpósio, lembrando a disponibilidade daquela instituição de ensino no envolvimento e trabalho com as várias áreas da sociedade, incluindo a agricultura e os frutos secos, setores também eles com opções de ensino na Ualg.

Recorde-se que o III Simpósio Nacional de Frutos Secos foi organizado pela Sociedade de Ciências Agrárias de Portugal (SCAP) e CNCFS.

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